sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dos Livros o Livro

A bíblia é o livro das verdades:
As verdades de Deus e seus princípios, que revelam o que Deus é, são princípios eternos.
Revela ainda o caráter de Deus, que temos que trazer para nossa vida de filhos de Deus.
A Bíblia é o livro das alianças de Deus com os homens. Não se faz alianças com um desconhecido, por isso Deus se revela em suas palavras.
Lá estão contidas as promessas, as ordens, as mensagens de Deus para nossa vida.
Há os que dizem ser a Bíblia o manual do fabricante, que detalha o funcionamento da obra, para que tenha um desempenho correto adequado conforme o fabricante idealizou.
Os atos dos homens, suas verdades que são temporais, estão relatados ali para registrar a infidelidade do homem, sua constante “dura servis”

  "PARA SEMPRE, Ó SENHOR, ESTÁ FIRMADA A TUA PALAVRA NO CÉU."
                                                        SL119:152 

                      ''QUANTO AMO A TUA LEI! É A MINHA MEDITAÇÃO TODO DIA.''
                                                        SL119,97 






domingo, 24 de outubro de 2010

O Médico


E de repente, um canto de minha memória se iluminou e eu vi de novo do jeito que o havia visto pela primeira vez: o quadro. Vejo-me menino, na sala de espera do consultório médico. Estou doente e meus olhos passeiam assustados pelos objetos à minha volta.
Pendia solitário, na parede branca. Levanto-me e aproximo para ver melhor. Leio o nome da tela: “O Médico” É a sala de uma casa familiar, iluminada pela luz de um lampião. Numa cama jazia uma menina doente. Seus olhos estão fechados, mergulhados num esquecimento febril. Seu braço pende inerte, sobre o vazio.
A morte a estreitava... A morte tem muitas faces. A dos velhos, por dolorosa que seja, é parte da ordem natural das coisas: depois do crepúsculo segue-se a noite. Mas a morte de um filho é uma mutilação. Naquele quadro uma menina lutava contra a morte. Num canto, o casal, pai e mãe, imagem da impotência. A mãe está debruçada sobre a mesa e chora. O marido, de pé, pousa a mão sobre o ombro da esposa, numa tentativa de consolo, como se dissesse: “também eu estou desamparado.” Está vestido com um pesado capote que nos conta sua viagem pelo frio em busca de socorro. Doutor, venha depressa minha filha...
 Ao lado da menina, assentado, o médico. Ele medita. Seu cotovelo se apóia sobre o joelho e o queixo sobre a mão.
 As porções, sobre a mesinha, revelam que o que podia já havia sido feito. Bem que o médico poderia retirar-se, mas ele espera, permanece, espera, convive com sua impotência. Talvez sua espera meditativa seja uma confissão:- Também estou sofrendo... E os pais da menina amam aquele médico não pelo seu saber, não pelo seu poder, mas pela solidariedade humana que se revela em sua espera meditativa...
Deslumbrei-me com este quadro desde a primeira vez que o vi; a beleza da imagem de um homem solidário, em luta contra a morte. Hoje o quadro já não mais se encontra nas salas de espera dos consultórios médicos. A modernidade transferiu a morte do lar, lugar do amor, para as instituições, lugar do poder. E os médicos foram arrancados desta cena de intimidade e colocados em outra onde as maravilhas da técnica tornaram insignificante a solidariedade de um médico diante da morte.
Mas esta cena não desapareceu de minha memória. E hoje olho para os médicos mais idosos com os mesmos olhos do menino que um dia sonhou ser médico...                           
Dr. Celso Ayres

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ao Mestre com carinho

Quem viveu há alguns anos atrás, ao ler este título vai se lembrar de um filme que foi grande sucesso na época. O filme enaltecia o papel do professor dedicado que com perseverança e muito tato conseguiu domar uma classe de alunos de extrema rebeldia. Ninguém foi capaz de ministrar aulas naquela classe. Apareceu então um professor, representado pelo artista negro Sidney Potie que se propôs a dar aulas naquela classe. Assim se apresenta um personagem que é exemplo de ação, dentro da sala de aula, para todos os professores. A recuperação de alunos difíceis exige paciência, empatia e persistências. A recompensa que virá será o carinho dos alunos e a certeza de ter recuperado vidas perdidas. È importante a sinceridade o desinteresse financeiro e a coragem de correr riscos. Foi um filme inesquecível. Já não se faz mestres e filmes como antigamente.

O papel do professor que tira do analfabetismo, que encaminha o aluno para desempenhar um papel importante na sociedade é insubstituível. Trabalhar com vidas é exigente, mas tem suas recompensas.

Desejando homenagear uma mestra não poderia esquecer-me de minha mãe. Quem a conheceu e foi seu aluno vai entender o que vou dizer. Cansei de ver demonstrações de amor e carinho, por parte de alunos que tiveram minha mãe como mestra. Eram flores, cartões, visitas, telefonemas, sempre ao se aproximar o dia dos professores. Eram seus amados alunos a reconhecerem a grande dedicação com que ministrava suas aulas. Esta demonstração de afeto e carinho era recíproca porque também da parte da mestra era a grande saudade, a enumeração constante destes alunos. Muitos deles partiram primeiro que ela. A cada um que engrossava esta triste lista, que a mestra trazia em sua gaveta de cabeceira, eram suspiros profundos e muitas lembranças.

Ó minha mãe minha mestra! Desde tenra idade encantou-se com as letras com a possibilidade de se formar inúmeras palavras. Soube passar, para quem foi alfabetizado por ela, o mesmo encantamento. E a sedução não foi apenas pelas letras. Veio também o encantamento pelos números, que dizia que bailavam em sua mente, trazendo alegria e espanto pela tendência ao infinito. Foram casos que eu não me cansava de ouvir. Também o amor pelos números resultou em uma professora de matemática que se entregou com dedicação a uma enorme geração.

Trouxe dentro de mim a mesma genética. Sem a falsa modéstia amei e exerci minha profissão cheia de ideal e com a mesma dedicação. Foi um tempo muito bom!

Minha mãe, o que se passa hoje nas salas de aula é o bastante para que o ideal, que vivemos com tanta intensidade, fosse frustrado. É uma pena mas os valores daquela geração foram dissipados como a fumaça na atmosfera. Agora os costumes são outros, os valores são outros, os problemas são outros e dificilmente encontramos soluções para eles. É assim que está se formando a nova geração que vai em breve atuar na face da terra.

Wanda. Outubro de 2010.

O que é ser importante

Existem dois sentimentos distorcidos que atrapalham a vida das pessoas fazendo-as infelizes e que não precisavam existir. -É coisa de sua cabeça! É uma frase que ouvimos dizer sempre. Realmente nossa cabeça nos interpela sempre com pensamentos indevidos. Devemos estar atentos para não aceitar seu jugo enganoso. O engano mais desastroso da história foi o da maçã que repercute até os dias de hoje trazendo-nos inúmeras complicações e causando a infelicidade da humanidade. O que gostaria de ressaltar aqui agora é o sentimento de inferioridade e o de superioridade que as pessoas levam muitas vezes pela vida toda. São dois sentimentos inúteis que muito nos atormentam. Muitas pessoas movidas pelo sentimento de inferioridade trazem dentro de si uma revolta que se reflete em seus atos mais disfarçados... Outras pessoas com ou sem motivo se julgam superiores, mais importantes que outras e isto se reflete em seu olhar, em seu falar, nos constantes atos de desprezo à seus semelhantes. Estas distorções levaram-me a refletir...

O que é ser importante? O importante nesta vida não é sermos importantes. O que importa e, portanto é importante, é ocuparmos o nosso lugar no contexto de nossa realidade. Quando estamos inseridos em nossa realidade damos o verdadeiro sentido à vida encontraremos a felicidade e faremos outros felizes. Subtraindo-nos de nossa missão de nosso espaço no mundo vamos produzir um vazio que não fará bem para míngüem. É o nosso espaço de tempo e lugar que só nós poderemos ocupar. Isto está parecendo um problema de física. E é. Este problema só existe porque nós existimos. É a nossa estória sendo escrita. Isso é o que importa, isso é o que interessa isso é o que é importante...

O chefe: de estado, de governo, de família, de sessão, da firma, o médico, o jurista, o delegado, o professor, seja lá do que for só serão importantes quando ocuparem devidamente seus lugares na sociedade. Quando cada um de nós faz acontecer a sua história desempenhando devidamente seu papel, não podemos dizer que este é mais importante que aquele. O lixeiro que não tira o lixo não é importante a cozinheira que não cozinha não tem seu valor, a lavadeira que não lava as poupas não pode ser útil para nada. O mesmo diria do médico que não atende devidamente seus doentes é inútil, o professor que não ministra saber para seus alunos é dispensável... Quando cada um de nós executa com precisão aquilo que propomos na sociedade, não poderemos dizer que este é mais importante que aquele porque a máquina da vida a sociedade se move com a participação de todos. Vou me colocar de outra forma para que haja uma sociedade equilibrada a engrenagem social deverá se movimentar em todos os sentidos preenchendo todas as áreas de nossa vida. Isso parece uma utopia mas é para isso que todas as comunidades deveriam trabalhar, assim como os governos.

Um hospital que não atende os doentes no momento de necessidade é um elefante enorme que só dá despesas mais nada. As reclamações aqui como nos diversos pontos do país são as mesmas: doentes fragilizados, profissionais negligentes, a máquina da saúde desestruturada. Isto resulta em uma população sofrida e revoltada. Até bem pouco tempo ouvia-se dizer com orgulho que nossa cidade possuía um hospital com zero de infecção hospitalar. Descobriu-se em seguida que o movimento sendo transferido para as cidades vizinhas é que ocasionava este fato. Repentinamente começa-se a ouvir reclamações de nosso hospital de um lado, de outro e não se sabe o que está realmente acontecendo. Não ocupar o seu lugar na comunidade não o faz importante. Causa revolta e desequilibre a engrenagem de vida de nosso povo.

Uma escola que não cumpre seu papel, com alunos relapsos e mestres descuidados, diretor omisso, onde a missão de ministrar saber é esquecida, torna-se um aglomerado de pessoas que vão contribuir fortemente para o atraso do país. Esta escola é dispensável e vai causar uma lacuna na sociedade em que ela está inserida. Esta escola não é importante.

A igreja que não se preocupa em mostrar o caminho da salvação deixando que seus adeptos se percam na caminhada, sem ser despertado para buscar o reino dos céus, não cumpre seu papel. Não é importante. Todo fiel deve estar consciente de que alcançar o reino de Deus é o que ele tem de mais importante a conquistar ao longo da vida. Uma igreja que se omite de mostrar o caminho para seus fiéis não serve para nada. Não é importante.

Ocupar os hospitais, as prefeituras, as câmaras, as escolas, os fóruns, da cidade só para parecer importante, sem desempenhar o papel a que nos propomos é criar um vácuo na sociedade, no mínimo problemático, com estragos para a vida humana muitas vezes irreversível. Nossa importância neste caso é zero.

Assumir, desempenhar e amar a posição que ocupamos na vida, nos faz felizes e promove a felicidade de todos a nosso redor. Isto é chique! È importante! Nos torna importante! É algo de muito importante a exercitar a cada dia.

Wanda. Outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Alegre criança

Brincando de trovar sigo buscando minha inspiração em meus tesouros, que são meus netos.

Surge alegre criança,
Um misto de paz e bonança.
Trazendo um sorriso no rosto
Para com todos compartilhar.


És o que as palavras não dizem.
Rodeada de pureza a exalar,
Contagiando por onde passar.
A inocência fala em seu lugar.


Tudo ilumina com sua magia.
Vamos juntas sorrir e sonhar,
Nas asas da fantasia,
Misterioso castelo montar.






Vó Wanda para: Olívia, Mariah, Bianca e Gustavo.

O eleitor à caminho das urnas

Chegou a hora do cidadão brasileiro participar do momento magno da democracia: o ato de votar. Depois de ouvir de diversas formas de propaganda o candidato expor suas ideias, seus planos para o governo do qual ele pretendem participar, o cidadão deverá refletir com seriedade, seleccionar aquele que julga ser o melhor e aí sim estará pronto para contribuir com um voto consciente para o governo democrático que a nação deverá ter. Certo de estar fazendo tudo conforme uma nação, bem desenvolvida, espera de seu cidadão, o eleitor se veste com a melhor indumentaria e segue para o local determinado.

Pelo caminho já se percebe que, de desenvolvida a nação tem muito pouco. Os eleitores ou não entenderam nada, ou não querem entender nada, do que o tribunal eleitoral vem conclamando estes dias. Sobre as calçadas enfartadas de cédulas dos mais variados candidatos transitam os eleitores. Diga-se de passagem, estas cédulas espalhadas servem quase que unicamente para colocar-nos no rank de país subdesenvolvido. Pessoas sendo transportadas de carro. Aí certamente já venderam o seu voto pela simples corrida do carro, ou por alguns trocados a mais. Outros estão recebendo a cola dos nomes dos candidatos, das mãos do cabo eleitoral. Demonstram sua incapacidade de escolha própria. Algum eleitor mais exaltado está repetindo diversas vezes, quase que como uma agressão, o nome de seu candidato, pelo simples prazer de agredir os transeuntes. Depois de atravessar uma gama enorme de irregularidades, que todos fingem não ver, o eleitor adentra ao local de votação. Neste local volta à sensação de pertencer a um país civilizado (em parte). Tudo informatizado, pessoas bem treinadas para o exercício de mesário são o centro de um ambiente onde as filas serpenteiam pelo salão. Neste local faz-se um silêncio respeitoso, exceto, alguns engraçadinhos que ficam a fazer piadinhas de nomes de políticos, para quem certamente venderam seus votos.

O cidadão ajeita na fila e constata: 100 pessoas de um lado, mais 100 do outro... Pela vestimenta, pelo desconserto com a situação, pela posição de espera, pode-se constatar diversas coisas: situação econômica precária, grau de escolaridade muito baixo, de todas as pessoas, em espera, conta-se no dedo as que poderíamos considerar como politizadas. As que estão conscientes da importância de seu voto, do prejuízo que causam a si mesmas um voto inconseqüente, seriam 5? 10 talvez? Que triste situação vive este povo!

Se por um lado exibimos para o mundo uma informatização única, por outro o que fica ressaltado é o nosso desrespeito pela pátria onde vivemos. É a qualidade dos candidatos e de seus eleitores. É a nossa incapacidade de termos representantes sérios, com vocação para servir o povo. O que se observa é: a ânsia do poder e o amor ao dinheiro (que certamente virá de diversas formas). Se os partidos, por um lado, não fazem nenhuma exigência, na escolha de seus candidatos, o povo, por sua vez, não tem seriedade em suas escolhas. São Paulo que se gaba de ser um estado politizado, é capaz de ter um analfabeto e palhaço como o candidato mais votado para a câmara federal. Erra o partido na escolha do candidato, erra o eleitor na escolha que tem que fazer. E este não é o único candidato exótico que a eleição oferece aos eleitores. E fica comprovado: a informática está muito além da capacidade e inteligência do homem. É mais fácil informatizar a votação, a apuração e tudo mais, do que preparar o ser humano para sair da escravidão e da ignorância em que vive. Com os “computadores pessoais” funcionando mal ou desligados os homens passam a vida numa condição inferior aquela que lhe foi proposta.

Assistimos a ascensão de um povo, despreparado, que em nome de uma democracia que pretendemos ter, vai colocando seus instintos mais inferiores à tona: demonstração equivocada do poder do voto, a sede do poder, o protesto através do voto, mentiras, enganos e tapeações as mais variadas. O momento que deveria revelar o preparo de um povo revela sim a fragilidade, a ignorância, o instinto animal que cada um traz dentro de si.

A fila é longa, os candidatos a serem votados são muitos, a demora deverá ser considerável, portanto tudo passa pelo pensamento do eleitor que, sonhando viver em um país civilizado, se depara com os mais variados entraves da ignorância institucionalizada em seu país. Civilizada aqui pode-se dizer as máquinas.

Dentro de um mês voltaremos às urnas. E tudo deverá continuar “como dantes no quartel de Abrantes”.

Wanda. Eleições 2010-10-05



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A pergunta indiscreta

Giocond Labecca é minha amiga de trocar e-mails. Nós não nos conhecemos mas ganhei um livro seu. Ela é mineira da Campanha, que hoje vive em S. Bernardo do Campo. Suas lembranças da terra natal a levaram a escrever "Voltando ao Passado". Muito me deleitei com seus casos, porque alguns coinciram com casos que minha mãe, que também era campanhense, costumava contar a mim e meus irmãos. Inclusive a professora Elvira a quem ela se refere em seu conto era uma parenta de minha mãe e muito querida por todos nós. Vou transcrever aqui um de seus contos escolhido por acaso. 

A pergunta indiscreta  

Durante o tempo que estudei em Campanha, meus professores se preocupavam muito comigo em vista do acidente acontecido com minha mão direita. Edna e Olga estudavam no colégio do Sion. Maria José já havia se formado casado e lecionava no Grupo Escolar Zoroastro de Oliveira.,onde eu estudava. O corpo docente era da melhor qualidade. Dª Palmira Azevedo, Sara borges, Mª AntôniaVilhena de Morais, Emiliana Cesarino, Cândida de Araujo, Elvira Brandão de Andrade, Júlio Bueno e outros. O ensino era rigoroso e os deveres que eu levava para casa eram muitos e eu não deixava nada por fazer. A classe era mista e todos se davam muito bem, continuando a amizade fora das horas de aula. As famílias dos alunos eram conhecidas e amigas. Um garoto de nome Toninho, muito estimado por ser estudioso, quieto e obediente, era meu amigo e no recreio, como seu pai tinha uma padaria, sempre me trazia um docinho. Suas merendas nunca eram repetidas e cada qual mais gostosa e cheia de creme. Invariavelmente eu era a convidada para o lanche.

Certo dia, Toninho veio para a aula trazendo um passarinho dentro de uma gaiola, que ele dizia ter ganho no caminho para o Grupo. Dª Palmyra, a professora, muito boa,mas muito enérgica, espantou-se com aquilo e não permitira a presença do passarinho na classe. O menino implorou, no que foi atendido; colocou a gaiola sobre a sua carteira, coisa de que não abriu mão e a partir daí, todas as atenções se voltaram para a pobre ave que, encolhida, Toninho dizia estar apavorada com tanto zum-zum-zum. E nada de prestar atenção nas lições que Dª Palmyra passava na lousa; principalmente quando eu sentava ao lado dele!
Ao final das aulas, Toninho saiu em disparada com a gaiola na mão.
O pássaro já estava morto. Quem o deu, já sabia o que estava prestes a acontecer. Dia seguinte na escola, a professora perguntou sobre a avezinha. Ele tristemente respondeu que havia morrido, mas que a ninhada de oito gatinhos que acabara de nascer em sua casa, era uma belezinha! E perguntou:
"Por onde nascem os gatinhos professora?"
"Pela boca menino", respondeu a professora.
"Engraçado, os lá de casa estão nascendo diferente", eu disse à professora.
A mestra encarou-me firme, apertou os lábios, pegou a régua, bateu-a com força na mesa e gritou: Recreio.


Como vivíamos tempos ilários. Éramos felizes e não sabíamos. Se o problema das professoras, hoje, fosse este, que felicidade.


















segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Parabéns Marina



Marina morena Marina...

Marina uma menina abençoada,

Acumulou o cargo da avó,

Minha neta e também afilhada,


Peço a Deus que te abençoe,

Em uma longa caminhada,

Repleta de amor e carinho

Da família e da moçada.


Marina bonita assim como Deus lhe fez...


Empenhe em sempre buscar,

A voz de Deus a lhe falar.

Certamente você será

Marina que a todos vai encantar.

Vó Wanda. 03/10/10

O Mundo e seus inventos

Estamos vivendo um tempo privilegiado. A cada dia são novos inventos que passam a fazer parte de nossas vidas com a finalidade de torná-la mais leve, segura, menos sacrificada e até prazerosa. Todas as áreas da vida humana são atingidas com novas facilidades, fruto de muito trabalho e pesquisas realizadas por diversos estudiosos dedicados e muitas vezes até obstinados em encontrar soluções para vencer nossas dificuldades na vida. Seja no que se refere a nossa saúde, alimentação, vestuário, lazer, comunicação, locomoção, na área da educação e porque não dizer até na área da espiritualidade.

Há cientistas que rotulam o século XX como o século da física e prevêem o século XXl como o século da biologia. Sem os estudos, que levaram tais especialistas a chegarem a esta conclusão, mas com certo grau de observação, diria que as invenções se sucedem em uma progressão geométrica alternando as áreas através dos tempos. Desse modo muitas gerações se passaram sem que se houvesse nenhuma novidade, nenhuma invenção com um espaço de centenas de anos entre uma descoberta e outra. Em seguida este espaço vai diminuindo até que em nossos dias, acredito que, a cada dia, a cada hora, a cada minuto, haja uma nova invenção, seja na área da física, seja na biologia, química, matemática, espacial, computacional tecnológica, social e outras.

A vida do ser humano, nos tempos de Jesus, pouco se diferia da vida dos profetas que viveram 400, 500, 600 anos antes. Nem sei se posso assim me referir: as descobertas mais significativas começaram a acontecer nos anos 1000 a 1900. São de extrema relevância as primeiras descobertas registradas neste milênio. Assim a cada 100 anos vão surgindo novas invenções. As inovações são cada vez mais freqüentes, minuto a minuto e até se superpondo. Sendo assim nossos antepassados, que dentro deste contexto, viveram ontem, não conteriam a perplexidade, ao se voltando ao nosso meio, deparassem com a vida de regalias que, sorrateiramente, vem penetrando em nossos lares e fazendo parte de nosso dia a dia.

Do fazer fogo com a pedra, do cozinhar ou iluminar, em nossos dias quanta novidade! Da precariedade da comunicação com cavalos, caravelas aos mais sofisticados carros e aviões, navios, quanta agilidade! Daquela primeira vestimenta, no jardim do Éden as sofisticadas vestimentas de nossos dias, quanta inovação! Do alimentar-se de frutas encontradas nas matas e a variedade de guloseimas em supermercados, das sofisticadas receitas, quanta delícia! Das mortes prematuras pelas mais banais enfermidades, quanta vida salva! Dos manuscritos em pergaminhos a este moderno computador, quanta facilidade!

Seriam os meios de comunicação os que mais se beneficiam de novas tecnologias, hoje em dia? Seria a agricultura? Seria a medicina? Os meios de transportes? A era espacial? Tecnológica? É mesmo impossível determinar quais inventos estão sendo mais rápidos a acontecerem em nossos dias. E mais, quais são os mais importantes? Todos se encaixam para o bem estar do homem e para a preservação da vida saudável da humanidade. Se raciocinarmos a respeito do que comemos, do que vestimos, de nossas moradias, dos remédios que usamos, de nossa saúde, poderemos catalogar uma infinidade de sofisticadas invenções que foram chegando evão aparecendo a cada dia. Nós passamos a fazer uso deles sem nem nos apercebermos. Nem estou me referindo à economia e produtividade que geram riquezas para o povo e para a nação. Torna-se, a cada dia, mais sofisticado e com mais eficiência o desempenho desta atividade de grande importância para a vida humana. Se vamos viver a era da biologia, não sei, mas que estamos vivendo em intensidade a era da tecnologia e da velocidade das novidades nas diversas áreas estamos.

Os fios, que emaranham a terra, há milênios, nos fazendo viver em precariedade, estão se ruindo. Estamos descobrindo, a cada dia, um viver mais saudável, confortável e com mais facilidades. O sol da liberdade, que vem com o saber, começa a raiar.

Neste momento não resisto ao impulso de relacionar meus inventos preferidos:

O primeiro recai nos anos de 1454 quando o alemão Johannes Gutewnberg inventou a imprensa. A impressão de livros, iniciando pela Bíblia, dá impulso a uma era de muita mudança na cultura, primeiramente das côrtes, em seguida, e só mais tarde, para o povo. Ainda, em nossos dias, são os livros que vão abrir novos horizontes para um povo que deseja se tornar livre e forte.

Minha segunda escolha está na área da medicina. São os doentes os que mais receberam, das mãos de Jesus, as graças de Deus, o que me faz sempre estar com os olhos voltados para “Aquele que é” o mantenedor de toda criação. O ser humano doente se acha fragilizado, sem poder cumprir o propósito de sua criação.

As descobertas da medicina vêm justamente devolver a saúde que nos é devida. Isso é muito valioso. O escocês, Alexandre Fleming, (1928) deu o “ponta-pé” inicial à luta vitoriosa para vencer as bactérias, que derrotavam os homens, levando-os à morte: a penicilina. Foi um primeiro antibiótico, um primeiro passo. Abriu-se aí um leque enorme de novos medicamentos, mais específicos para as diversas doenças. Muitas vidas se salvaram, muitas puderam ter uma vida mais completa, ao longo destes 82 anos de uso deste abençoado invento.

Na área da medicina não posso deixar de citar a revolução da biotecnologia que aconteceu com Louis Pasteur, (1876). Da primeira vacina, ao mapeamento do DNA, a engenharia genética, a sintetização da insulina humana, o projeto genoma, um caminho longo foi traçado. Muito sacrifício a luta para vencermos nossas enfermidades. São estes cientistas que nos trarão a vitória sobre as doenças de atingem a humanidade. Gostaria de evidenciar, embora todos eles me encantem e surpreendam, uma terceira escolha na área da saúde. Recai sobre a anestesia de Crawford Long (1842). É infindável a possibilidade de cura que se conquistou com esta descoberta.

Refiro-me a mais uma descoberta, como um invento de impacto sem precedentes, quando em 1879 Tomas Alva Edson fez o mundo ficar mais bonito, melhor para se viver, além das muitas e inúmeras “luzes” que se acenderam para o viver humano, com a criação da lâmpada elétrica. Não mais as tochas, não mais os lampiões, adeus toda escuridão que nos cegava desde que o mundo é mundo.

Estou me sentindo injusta, já que me encanto com os precursores, em não citar:

Henry Ford e o primeiro automóvel

Heivrich Hertz com as ondas do rádio

Santos Dumont e o mais pesado que o ar

Alexandre Grahm Bell e o telefone

Aos cientistas heróis do passado, que deram suporte a toda esta parafernália de invenções, que assistimos hoje, aos que dão continuidade a este incansável trabalho de devolver a vida plena, que tragicamente o homem perdeu no Éden, nossa eterna gratidão.



Wanda.

Setembro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

Exposição

Mês de outubro promete

O mês de setembro ficou pouco produtivo na questão de postagens no Blog, por acontecimentos diversos. Pretendo iniciar outubro com a força que não pude ter no mês anterior

Gostaria de comentar os dois vídeos maravilhosos que foram postados em setembro e agosto.

Sabemos que o Senhor Deus fala aos homens através da natureza e através de sua palavra. Está cravada nos céus a proclamação da grandeza de Deus através das coisas criadas. Mas fico pensando nos descrentes e me vem ao pensamento: para que proclamar em alta vós, com tanta força se a humanidade é surda? Para que servem o traje de gala, para que o grande estilo ou as insondáveis maravilhas se as pessoas são cegas? Por mais que o universo, o céu, a terra se apresentem diante de Deus com pompa e revele a sabedoria de Deus se não houver o efecta, se não nos subjugarmos a humildade da lama em nossos olhos, tudo será em vão. De olhos e ouvidos tampados, tudo se torna em vão. A criação não é atribuída ao Criador quando nos falta atributos como ver e perceber o invisível. Você deseja saber quem é o Deus que cultuamos, olhe para o universo e ele lhe dará a verdadeira noção de sua grandeza. Os céus revelam a grandeza de Deus. Considere a sabedoria que há nos céus e descubra a infinita e fiel sabedoria de Deus.

Nas incertezas do mundo só poderemos ter uma certeza: hoje o sol se põe para amanhã renascer, na mesma hora no mesmo lugar produzindo os mesmos efeitos. Todo o universo num desfilar entrelaçado de estrelas, planetas, nebulosas, uma infinidade de corpos celestiais se entrelaçam cumprindo sua trajetória e seu papel na criação, nos dando testemunho da grandeza e da fidelidade de Deus.