Será que a água vai acabar?

   Este assunto "meio ambiente" é muito atual. A voz geral diz que estamos sendo vítimas do nosso desrespeito pela natureza. Desrespeitando as leis que, sabiamente, regem o planeta desmatando, poluindo, caçando e pescando indiscriminadamente, o ser humano destrói o meio ambiente e passa a ser vítima deste seu ato impensado. Criam-se inúmeras entidades, para estudos profundos a respeito do assunto meio ambiente. As escolas passam a orientar seus alunos, os meios de comunicação trabalham na conscientização da população. Assim conseguem atingir uma parte da população que se dispõe a reverter este quadro. Acredita-se que assim, a situação poderá reverte dentro de algum tempo. Afinal existem seres humanos que não são tão selvagens.    Acredita-se que todo o desajuste, que percebemos estar acontecendo, em nossa casa, o planeta Terra, tenha sua raiz na desordenada ocupação que o homem faz do meio onde vive.

   Há alguns anos, podemos observar o quanto as chuvas intensificaram durante o verão. A natureza enraivecida faz tremer, derrete como sorvete, sem pedir licença invade tudo, destrói com sua força, tudo que está pela frente. Nós, simples mortais, ficamos sem ação, atônitos, procurando explicações para tanta violência e tragédia, em tantos lugares ao mesmo tempo. Em quase todos os fatos catastróficos, o fator comum é o excesso de água.

Os fóruns de mobilização para preservação do planeta se formam em âmbito nacional e estadual. Os estudos são profundos e sérios. O que mais se vê, são ONGs e participação de professores e voluntários, “pondo a mão na massa”. Um trabalho de união poderia de todos poderia antecipar os resultados que buscamos. É lógico que temos a obrigação de preservar o planeta. É lógico que temos que manter limpa “a casa”, só nós seremos os prejudicados ou beneficiados com nossas ações. Acredito, porém, que existem forças maiores, regendo todas estas catástrofes. Não é simplesmente o nosso descuido com o meio ambiente que está movendo todos estes acontecimentos, que a cada ano se superam, deixando-nos perplexos. Penso que há forças maiores regendo tudo.

   Mas, o que gostaria de refletir neste espaço é sobre a insistência com que repetem que a água vai acabar. É muito difícil para nós aqui, saindo de um quase dilúvio, acontecendo neste verão, raciocinar que a água vai acabar, que temos que colaborar deixando as torneiras fechadas. Não sou adepta ao ato de deixar torneiras abertas, mesmo porque, fui criada em um regime de contensão, não só de água, mas de todo tipo de desperdício. Isto é o resultado de uma civilização organizada. Sou do tempo que os pais davam esta orientação para os filhos. Os políticos e professores se viam com tempo para solucionar outros problemas.

   Ouço dizer que o nível da água do mar está subindo. Nossos rios estão transbordando como nunca. As regiões ribeirinhas viraram lagos, quase um mar. Assistimos diariamente pessoas perdendo a vida, submersos em uma exorbitante quantidade de água, nunca vista antes em nossa era.

   Toda questão ambiental tem ligação direta com a questão social, a erradicação da pobreza. Como se preocupar com a água do futuro se hoje há uma população numerosa vivendo a margem de todos os desenvolvimentos conquistados. Se a vida digna, do presente, lhe é negada, certamente a água do futuro não terá a sua preocupação!

Como pensar que a água vai acabar? Será que a lei que diz que: no planeta nada se cria nada se perde tudo se transforma, está caduca?

   Devo me esquecer das pessoas que perderam tudo, vida, casa, lavouras, neste dilúvio que vivemos? Sofridos e empobrecidos são ainda ameaçados ouvindo que se não pouparem a água ela vai acabar O que nos cabe fazer é pouco e deve ser feito como: proteger nascentes, evitar desmatamentos, replantio de áreas de florestas, evitar a poluição de rios e mares.

   Países que já resolveram suas questões primárias como educação, salários dignos, saúde, habitação, que se preocupem com tais questões é compreensível. Países, porém, que patinam em uma desleal e perversa desigualdade, negligenciam uma solução para o fato, e começam a se preocupar com a falta de água, que poderá vir a acontecer no futuro, está no mínimo tirando os olhos do foco principal. Um povo com melhores condições de vida, hoje, poderá ter inteligência e preparo para solucionar problemas vindouros.

Wanda, 28/03/11

O louvor da mulher virtuosa

Mulher virtuosa quem a achará?
O seu louvor muito excede ao de finas jóias.
O coração de seu marido confia nela,
e não haverá falta de ganho.
Ela lhe faz bem e não mal,
todos os dias de sua vida.
Busca lã e linho
e de bom grado trabalha com as mãos.
É como o navio mercante:
de longe traz o seu pão.
É ainda noite, e já se levanta,
E dá mantimento à sua casa
e a tarefa às suas servas.
Examina uma propriedade e a adquire;
planta uma vinha com a renda de seu trabalho.
Cinge os lombos de força
e fortalece os braços.
Ela percebe que seu ganho é bom;
a sua lâmpada não se apaga de noite.
Estende as mãos ao fuso,
mãos que pegam na roca.
Abre a mão ao aflito;
e ainda a estende ao necessitado.
No tocante a sua casa, não teme o frio,
pois todos andam vestidos de lã escarlate.
Faz para si cobertas,
veste-se de linho fino e de purpura.
Seu marido é estimado entre os juizes,
quando se assenta com os anciãos da terra.
Ela faz roupas de linho fino, e vende-as,
e dá cintas aos mercadores.
A força e a dignidade
são os seus vestidos,
e,quanto ao dia de amanhã,
não tem preocupações.
Fala com sabedoria ,
e a instrução da bondade
está em sua língua.
Atende ao bom andamento de sua casa
e não come o pão da preguiça.
Levantam-se seus filhos
e lhe chamam ditosa;
seu marido a louva, dizendo:
Muitas mulheres
procedem virtuosalmente,
mas tu a todas sobrepujas.
Enganosa é a graça,
e vã, a formosura,
mas a mulher que teme ao Senhor,
essa será louvada.
Dai-lhe do fruto de suas mãos,
e de público a louvarão as suas obras.


Este poema, que soa tão estranho nos dias de hoje, especialmente neste auge de carnaval, que estamos vivendo, contém a sabedoria da felicidade dos casais. Ela está nas mãos da mulher virtuosa.
Ele está escrito no livro dos Provérbios 31,10-31.
Empenhar em viver o que o rei Salomão, como homem mais sábio que a terra já viu, nos presenteou neste provérbio, é como cuidar de uma rara planta: nossa vida conjugal.  Se isto que postei e estou sugerindo como vida, fizer você feliz, valeu a sugestão. Eu  me propus ser bem original neste "Dia internacional das mulher". Será que consegui?