sábado, 30 de julho de 2011

Foi você montanha encantada?

Um ar de volta ao passado envolve o presente.
Retrocede a memória...Lembranças...Lembranças... 
Um misto de sentimentos infantis.
No ar saudades...Uma doçura que há muito não se sentia.
A inocência e a segurança próprias de crianças.
Surge como jóia, um recanto cheio de amor,
Ao sopé de uma montanha encantada.
Enorme montanha, vista aos olhos infantis.
É o caminho do sol, das estrelas!
A fantasia, o cenário, os interesses, tudo mudado!
Até você montanha encantada, agora, tão mudada!
Hoje, não a vejo tão alta, nem tão encantada.
Não está mais alcansando os céus!!!
Porque se foram momentos de tamanha felicidade?
E este sentimento sorrateiro neste momento?
Esse "roda moinho" de lembranças,
Levantando um passado tão distante?
Essa saudade corroendo, incomodando,
Embaraçando sentimentos tão maduros?
Inocência? Absorvida...Segurança? Conturbada...
As estrelas... O sol... Os sonhos...? Tão distantes...
Tudo é passado... sem retorno se foi...
Você montanha encantada, tão atrevida
Aparece agora num turbilhão?
Estariam as lembranças no ar?
Nas pessoas? No ambiente?
Nada do que vejo agora pertenceu aquela infância feliz, 
Somente você montanha encantada!
Foi você? Serei mais atenta!
E me assusto:-Ah! Enfim encontrei!
Aguça-me a memória, agitada!
É isso! Está claro! Isso mesmo!
Um ranger bem distante!
Um ranger que há muito não se ouve...
O ranger de um carro de bois!
Sim, este barulho tão estranho,

Com força, aguça-me a memória.
Traz à tona, entre lágrimas, sentimentos perdidos,
Na contabilidade do tempo, na escrita da vida.
Esse ranger lento e incessante coroava momentos felizes.
Inocentes e alegres corriamos pelos campos.
Sempre ao som desse estranho barulho.
A felicidade que existiu um dia,
Acontece na vida das crianças,
Que escrevem sua história agora.
Surge a certeza: - A felicidade existiu, 
Existe e existirá, sempre, no coração das crianças...
Que brincam ao sopé de uma montanha encantada!

Do livro "Casos e causos do Casarão" 
Revisto em 30/07/11
Wanda 
                                              


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cora Cara sem vergonha

Ricardo Boechat é um renomado jornalista que, entre outras atividades, apresenta o jornal da TV Bandeirantes no horário nobre. O comentário dele, sobre a política em nosso país, há alguns dias, no programa da Hebe, da Rede TV, foi o seguinte: “O preparo do brasileiro é deficiente em todas as áreas, deixando muito a desejar. Falava do reparo feito com os profissionais de nosso país, nas diversas áreas, seja na área da medicina, jurídica, empresarial, etc. Em tudo somos mal preparados, nada se compara, porém, ao que se refere à deficiência, o despreparo da classe política. Somos totalmente despreparados para exercer esta profissão e a democracia.”
Um cidadão conhecido da mídia, comentou há dias o seguinte: “O povo brasileiro é capaz de reunir  milhões de evangélicos, para expor a fé que os move. Outros milhões para expor sua sexualidade e exigir aceitação dessa sexualidade indefinida. Outros milhões fazem passeatas em favor da liberação da maconha, mesmo sendo constatado, a cada dia, a destruição social que ela está alavancando. Porém, somos incapazes  de nos reunir, para mostra a justa indignação, que deveríamos ter, pela exacerbada corrupção, que se instalou no país, em todas as esferas governamentais.
Em meio a tudo isto vem a notícia: “O número de candidatos ao legislativo vai aumentar.”  Qual a intenção deste ato? Qual a reação do povo?
Quando li ontem um e-mail do Pe. Orivaldo Robles, da cidade de Maringá, percebi que ele estava com os mesmos sentimentos que me afloraram,  quando li a notícia à cima, e que este deveria ser o sentimento que todo cidadão consciente, em nosso país, manifestasse ao tomar conhecimento de tal notícia.
Será que ao assinar esta lei os encarregados estavam pensando no desenvolvimento que poderiam trazer para cidades e cidadãos? Ou talvez, na maior representatividade que os municípios terão nas câmaras (é o que dizem)? Qual é o tipo que representação que estamos tendo? A população sente a falta de maior representatividade nas câmaras? Os municípios terão verbas para este aumento considerável de gastos? Quantas vezes a população solicita ajuda e ouve a frase: “Não temos verbas!” É isso que o povo precisa, pode e quer?
Porque não se empenham em uma modificação verdadeira, com objetivos e ações concretas, em vista ao real sentido da política que é o de cuidar e melhorar a vida do cidadão?
Porque não exigir candidatos mais preparados, com nível de escolaridade maior, diria curso superior, se possível. Ao invés de nivelar por baixo, porque não incentivar um grau de estudo maior, para toda população? Para tudo exige-se preparo acadêmico, porque só para políticos não? Não estamos conscientes de que o país precisa focar o seu desenvolvimento na melhoria da educação? Se estamos realmente conscientes dessa necessidade, porque as câmaras se manteriam blindadas à este respeito? E não é só quanto a este ponto, que elas se mantém blindadas. Porque a lei da ficha limpa não passou e não se estendeu à todo país? Isto sim ocasionaria uma grande limpeza “na casa”. E essa imunidade parlamentar vergonhosa? Porque a permissão e exigência de votos para todos? Encobrem aí uma falsa democracia, onde pessoas ignorantes e incapazes, para coisas muito mais simples, são obrigadas a votar. O resultado dessa democracia é uma alavanche de votos inconseqüentes. A conseqüência é uma representatividade despreparada, munida de interesse particular. A democracia que propõe o país, sem o mínimo de exigência, resulta em: mau uso da máquina governamental, falta de planejamento, gastos indevidos e inconseqüentes, sofrimento da população... Uma verdadeira “farra” com o dinheiro do povo
Hoje, o que vemos é uma sociedade carente que, ao receber um benefício reverte em voto, para o autor do benefício. O candidato, este sim, está o tempo todo, trabalhando em favor de sua reeleição.
Ninguém parece querer quebrar este círculo vicioso: “Vamos deixar como está para ver como fica. Não vamos nos envolver mais que o simples dar nosso voto, para pagar algum favor recebido ou para ficar bem com a justiça.” Forma-se aí o grande circo, onde o espetáculo pode acontecer, ou não, e onde a plateia nem sabe a que veio.
É o festival da “cultura brasileira” que, a bem da democracia, nos aprisiona nos níveis mais indesejados da ignorância. A reforma política, que hà muito já deveria ter sido feita, é "empurrada com a barriga", como se tivéssemos em uma democracia perfeita...
                                                                 Wanda. 28/07/11
                         

terça-feira, 26 de julho de 2011

A borboleta

 

Trazendo uma borboleta,
Volta Alfredo para
casa.
Como é linda! é toda preta,
Com listas douradas na asa.

Tonta, nas mãos da criança,
Batendo as asas, num susto,
Quer fugir, porfia, cansa,
E treme, e respira a custo.

Contente, o menino grita:
"É a primeira que apanho,
"
Mamãe! vê como é bonita!
"Que cores e que tamanho!

 

"Como voava no mato!
"Vou sem demora pregá-la
"Por baixo do meu retrato,
"Numa parede da sala".

Mas a mamãe, com carinho,
Lhe diz: "Que mal te fazia,
"Meu
filho, esse animalzinho,
"Que livre e alegre vivia?

"Solta essa pobre coitada!
"Larga-lhe as asas, Alfredo!
"Vê com treme assustada . . .
"Vê como treme de medo . . .

"Para sem pena espetá-la
"Numa parede, menino,
"Se necessário matá-la:
"Queres ser um assassino?"

Pensa Alfredo . . . E, de repente,
Solta a borboleta . . . E ela
Abre as asas livremente,
E foge pela janela.

"Assim, meu filho! perdeste
"A borboleta dourada,
"Porém na estima cresceste
"De tua mãe adorada . . .

"Que cada um cumpra sua sorte
"Das mãos de Deus recebida:
"Pois só pode dar a Morte
"Aquele que dá a Vida!"

Autor: Olavo Bilac

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Falso lombo

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  Ingredientes                     Recheio
1/2 kg de carne moída     100gr. muzarela em cubinhos
1 gema de ovo                 100gr presunto em cubinhos   
1colher trigo                      2 tomates em cubinhos
2 pães amanhecidos       1 cenoura ralada na parte grossa
1/2 copo leite                    1 cebola em cubinhos
Sal e tempero a gosto       Bacom defumado em cubinhos

Modo de preparo:
Amolecer o pão no leite
Misturar bem todos os ingrediente até que fique uma mistura homogênia.
Colocar dentro de um saco plástico, untado por dentro. Abrir com um rolo ou com a própria mão.
Abrir o saco plástico e rechear esta massa.
Alisar com a mão molhada. Rechear com os ingredientes do recheio bem misturados.
Colocar bem no centro e dobrar as asas para fechar em cima. Colocar em uma vasilha refratária.
Alisar com óleo ou margarina. Ornamentar com bacom em tiras. Levar ao forno por 30 minutos em 175°.
Ornamentar com folhas de alface e tomates em rodelas. Servir quente. Acompanha arroz branco.
Bom apetite!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Momentos que se eternizam

O tempo contado em segundos...
A percepção aflora...
No rosto a brisa...
Momentos que se eternizam...
A visão favorece...
A costumeira e incrível paisagem...
O paladar constata:
Gosto de felicidade...
O olfato inebria...
O perfume das flores...
Dama da noite...
Sensação de liberdade
No vôo dos pássaros...
Instante de integração:
Percebo os elementos...
O colorido da natureza...
Na leveza dos pinceis,
O cantar dos pássaros...
Na precisão da orquestra,
Os mínimos detalhes...
Faço parte deste cenário...
A incrível biodiversidade...
Todos dependem de todos...
A criação tem que harmonizar...
Recomeçar, renovar, acreditar...
Este é o sentimento final...
O grande maestro, só Ele é o que é !!!
Wanda.Julho 2011

Programando a eternidade

Desejo repartir com você mais alguma coisa de nossa vida espiritual. Isto não tem nada a ver com denominações, com ritos ou com tradição.
Para fazermos parte dos eleitos, dos que vão povoar os céus, temos que sofrer uma metamorfose.
Em João 3 de 1 a 15 Nicodemos, querendo saber de Jesus que fazer para entrar no reino de Deus, ouve este ensinamento, disse Jesus: “Em verdade, em verdade te  digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Perguntou-lhe Nicodemos: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer a segunda vez?” Respondeu Jesus: “Em verdade em verdade te digo:Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”
Se não nascermos de novo não poderemos entrar, possuir, chegar ao reino dos céus, onde está o nosso Deus. Seria como se quiséssemos ir para um país distante e não comprássemos o bilhete de embarque. Nascer de novo é a nossa passagem para a nação celestial. Ao comprarmos a passagem o Espírito de Deus irá trabalhar em nós, para cuidar de nossa “metamorfose”. É um processo de mudança que se dá, somente, com a presença do Espírito de Deus, em cada um de nós.
Na nação celestial, como nas nações deste mundo, existem ordens e leis que irão permitir ingressarmos ou não nesta nação. Nascer de novo é uma delas, mas não é a única. Preciso trazer em mim gens específicos da natureza celestial. Tão importante quanto nascer de novo, é ser lavado, purificado de nossos pecados, porque na nação a que pretendemos adentrar, lá as forças espirituais do mal, que nos atormentam aqui, há muito já foram vencidas. Lá não há espaço para nossos males mundanos, a saber: doenças e pecados. Por este motivo a primeira ação do Espírito em nós é fazer reconhecermos que somos pecadores. É mostrar os nossos pecados, sem condenação, porém a necessidade de vencê-lo.
É preciso reconhecer a soberania de Deus, o fazemos com um coração agradecido, em louvores e adoração. Este é o rito dos céus! Se não adequarmos nossa vida à esta ordem não vamos estar bem lá. É preciso nos informar sobre a nossa futura nação. Ouvir, ler e falar sobre as coisas de lá. É a nossa eternidade que, acreditando ou não, vai estar à nossa frente, a qualquer momento. Você poderá estar pensando:”Isso vai tornar-me um fanático.” Pode ser. Mas, não se é fanático por tantas outras coisas neste mundo e que muitas vezes não nos dão retorno algum ou um retorno passageiro? Tornar-se fanático pelo eterno, deveria ser a tônica de todos nós que compramos nossa passagem para a nação celestial. Lá tudo é grande demais para nos atermos a pequenez deste mundo.
Você poderá ainda pensar:”Essas coisas são muito profundas e vou deixar para pensar nisto mais tarde. Ainda não é tempo para isso. Quero lhe dizer, meu irmão, este  pensamento poderá se tornar em uma tragédia. Poderá não haver tempo para você nascer de novo.   Seria, isto sim, a maior enroscada em que você se meteu e sem chance de volta, a eternidade sem esperança.
Isto para mim é tudo, mas acrescentaria ainda: a vida abençoada e rica de graças(presente e bondade de Deus em favor dos seus) que poderíamos ter desfrutado, aqui na terra, passou em branco, ou negro não sei. Passamos uma vida medíocre, sem futuro e com as limitações que são impostas à carne. A carne voltará ao pó. O espírito, porém, que é incorruptível neste caso não terá lugar na “aeronave”.
Como muitos acreditam, e esperam, depois da morte Deus dará um jeito. Definitivamente depois da morte nosso destino estará selado. O pecador seguirá o caminho do pecador e os santificados pelo espírito, seguirão o caminho dos santos.
Para que possamos encerrar nosso entendimento, sugiro que você faça silêncio em todo o seu ser e pronuncie, amorosamente, o nome de Jesus. Uma duas e quantas vezes precisar. Este exercício é o mais simples e certeiro para nascermos de novo. É uma experiência particular que ninguém poderá fazer para nós. Se tivermos uma percepção apurada poderemos sentir a diferença de sermos alimentados no corpo, na alma e no espírito.
                                                                                         Wanda. julho de 2011


       

sexta-feira, 8 de julho de 2011

JOSÉ

Esta poesia de Carlos Drummond de Andrade, uma das mais conhecidas, me vem sempre à mente quando uma pessoa amada, ou não, sem Deus, de uma vida cética, se vai. Ficam enormes interrogações, inquietações, que não nos transmitem a paz que temos, quando a situação é inversa. Não sei em que Drummond se inspirou, para que viesse em sua mente tantas interrogações a respeito de "José". José sim deve ser todo aquele que, sendo José ou não, leva o renomado escritor a interroga-lo com tanta eloquencia.

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?


                   Está sem mulher
                  está sem discurso,
                  está sem carinho,
                  já não pode beber,
                  já não pode fumar,
                  cuspir já não pode,
                  a noite esfriou,
                  o dia não veio,
                  o bonde não veio,
                  o riso não veio,
                  não veio a utopia
                 e tudo acabou
                 e tudo fugiu
                 e tudo mofou,
                 e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?
                    Com a chave na mão
                    quer abrir a porta,
                    não existe porta;
                    quer morrer no mar,
                    mas o mar secou;
                   quer ir para Minas,
                   Minas não há mais.
                   José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
                           Sozinho no escuro
                           qual bicho-do-mato,
                           sem teogonia,
                           sem parede nua
                           para se encostar,
                          sem cavalo preto
                          que fuja do galope,
                          você marcha, José!
                          José, para onde?


Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cachorro pra ninguém por defeito

Pra quem não gosta de cães isso é demais!
Uma ninhada de 7 cães cada qual mais lindo que o outro!
E agora? Agora é curtir alguns dias e depois entregar as encomendas com dor no coração!
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sábado, 2 de julho de 2011

Visita de amigos

O Movimento Literário "Saber e Sabores", de nossa cidade, recebeu ontem a visita de amigos da vizinha cidade da Campanha. Eles estavam desejosos de conhecer o movimento, para que seja fundado também lá. Foi uma reunião agradável, que nos levou a conhecer pessoas, que como nós, estão desejosas de se entrelaçar no mesmo ideal: escrever o que lhe vai na alma, contar casos, reviver a história, criar poemas e poesias. 

João Araujo, o poeta, estava presente e fez-nos deliciar com seus versos, métricas e rimas. Era uma sucessão de versos entrelaçados em descrições de Sábias realidades. Ao final arrancou aplausos de todos nós. Maravilhados ficamos a absorver sua poesia, desejosos de que juntos pudéssemos caminhar, para dele muito aprender.
Repetindo do pósfácio de seu livro: "João Araujo dá vida à letra. Sua poesia mergulha fundo na alma. Seus poemas enriquecem os sentimentos. Fazem pensar, fazem sonhar,  fazem sentir...#(Roberto Dilly, escritos e poeta)
Transcrevo aqui o soneto CLV porque precisei escolher um, mas não há escolha todos do mesmo nível.

"Soneto CLV"
De um lado, o sol descia e se escondia
serenamente, embora ensanguentado
pelas cores purpúreas, preparado
para o empurrão da noite-que surgia.

Do lado oposto, a lua aparecia,
tinha um brilho suave, compassado
para a seresta do aldeão levado
aos cumes da solene fantasia.

Miríades de estrelas começavam
a sorrir; era um séquito pomposo,
nubígavo, a bailar,esplendoroso.

E, nos morros, os ventos sibilavam
o canto euforizante da floresta,
a extasiar o seresteiro em festa.

Morre lentamente - Lembrando Pablo Nerudas

Quem morre?
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.


O poeta que não tem a coragem de se expor não poderá tocar o coração de outras pessoas. Pablo Nerudas se expôs ao máximo, que somos através de suas poesias , poemas e frases, capazes de conhece-lo como foi no mais profundo de seu ser. Eu ariscaria a dizer que foi um amante do amor, um homem apaixonado pelo amor a ponto de dizer:
         "Os poetas odeiam o ódio e fazem guerra á guerra"

Espero neste mês de julho publicar poesias que falam ao mais profundo de nosso ser, porque seus escritores tiveram a coragem de se mostra no mais íntimo de si mesmos.