sábado, 2 de julho de 2011

Morre lentamente - Lembrando Pablo Nerudas

Quem morre?
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.


O poeta que não tem a coragem de se expor não poderá tocar o coração de outras pessoas. Pablo Nerudas se expôs ao máximo, que somos através de suas poesias , poemas e frases, capazes de conhece-lo como foi no mais profundo de seu ser. Eu ariscaria a dizer que foi um amante do amor, um homem apaixonado pelo amor a ponto de dizer:
         "Os poetas odeiam o ódio e fazem guerra á guerra"

Espero neste mês de julho publicar poesias que falam ao mais profundo de nosso ser, porque seus escritores tiveram a coragem de se mostra no mais íntimo de si mesmos.

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