quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A imensidão da vida

Eu precisava repartir com vocês este vídeo que encontrei. Estava procurando alguns termos técnicos para escrever meu conto "Um Anjo que veio do céu", que vai para os Talentos da Maturidade, agora em setembro.
Cada imagem apresentada por este vídeo foi ampliando em mim a concepção de Deus, a importância de se descobrir a igualdade de condições que deveríamos estar, todos vivendo neste planeta. Fazermos parte todos de um mesmo momento, de uma mesma história, com as mesmas nececidades e com os mesmos interesses. Senti vergonha de tanta desigualdade, de tanta ambição, de tanta mentira, tanta tapeação, de tanta indiferença quanto à vida daqueles que são como nós: passageiros da mesma nave, com o mesmo destino. Pude ampliar a minha concepção de "Eu sou o alfa e o ômega" quando viagei pelo interior de uma célula e vi a perfeição das leis que regulam e determinam todas as coisas. Ali, tudo concorreu para que minha concepção de Deus ficasse ainda mais forte. Isso fez-me feliz e por este motivo reparto com cada um dos meus visitantes este momento.
                                             Wanda.

A imensidão da vida!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

21ª Bienal do livro em São Paulo

A cidade de S.Paulo vive estes dias a regalia de oferecer ao povo paulista e visitantes a 21ª Bienal do Livro. Impressiona-nos tal evento, pois, num país de grandes desigualdades, esta feira é a terceira da espécie no âmbito mundial. Belo Horizonte realizou sua segunda feira do gênero, a 2ª Bienal do Livro de Belo Horizonte, no mês de maio deste ano. Já foi um sucesso, apesar do pouco tempo de vida. Estas feiras, mais do que vendas e lançamentos de livros, são um grande incentivo à leitura. A juventude que está tendo a oportunidade de conviver com tais movimentos, absorvendo suas mensagens, deverá chegar, em breve, à idade adulta, com uma nova visão de mundo.

As boas leituras nos abrem o entendimento, para sermos um cidadão melhor, mais engajado, leva-nos a influenciar positivamente o ambiente em que vivemos, dá-nos a esperança de criarmos um novo país, com um povo de princípios éticos, equilibrado, próspero e por tudo isto: mais e mais feliz. (“Conheça a verdade e a verdade vos libertará.” Jesus Cristo). Há leituras que nos levam de encontro com nosso interior, nos acalma e traz à tona os verdadeiros valores da vida. Há leituras que nos fazem sonhar com um mundo melhor. É a leitura que faz passar a história, as descobertas, a ciência; de um século para outro, como um elo entre os seres humanos, atravessando o tempo...

Conversando com uma pessoa poderemos saber se ela já descobriu a importância da leitura. As pessoas que não lêem, podem falar muito, mas dizer pouca. Já as pessoas que desenvolveram o hábito de ler, terão mais profundidade em seu falar, argumentos ao discutir, clareza em suas idéias e seu palavreado será bem mais variado. Alguns minutos por dia com um livro, bom, nas mãos, e os resultados já se farão sentir em nosso vocabulário, conversa e criatividade.

A exigência governamental de se ter uma biblioteca em cada município do país, deverá trazer brevemente os resultados, individuais e coletivos, que este hábito pode oferecer. Virá o dia, (e que seja breve) que cada município fará sua feira de livros, com escritores regionais e com uma mobilização geral, despertando todos, para o gosto da leitura e beneficiando a formação de novos cidadãos engajados, participativos e livres, em uma comunidade próspera.

Tivemos três momentos chave, no modo de transmitir através da escrita, nossa cultura, nossa história e as diversas conquistas do homem através do tempo, às gerações vindouras. Primeiramente usavam-se os rolos de pergaminho, onde tudo que se julgava importante era gravado. Os pergaminhos eram levados de um lado para outro e lido para o povo. Com a chegada da imprensa, de Gutenberg, novas perspectivas foram criadas. Surgiram aí os livros. Foi a segunda e muito grande revolução da escrita. Os livros, a impressão, o conteúdo, sofreram algumas modificações através dos anos. Com tudo isso parecia, nestes 516 anos não ter substituto. Quando apareceu, recentemente, o computador e o mundo entrou definitivamente na era digital os livros se viram destronados. Estamos vivendo, hoje, o processo de passagem de um modo de comunicar, para outro. Do livro para o computador, uma inovação de enorme abrangência. O denominador comum, porém, entre estas três formas de comunicar é, e continuará sendo, a palavra a palavra escrita, a razão de toda a literatura.

Por tudo isto, e muito mais, vamos incitar nossas crianças a criar o hábito da leitura, vamos dar livros de presente, vamos colocar em prática o que aprendemos.

O momento é propício, portanto mãos à obra!

Wanda 12/08/10

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PAI

Pai, meu pai


PAI, a meu ver palavra forte, carregada, diria pesada.

Nela está contida: o querer o agir o ser.

Por causa dela a Vida, e tudo que traz um sopro de Vida.

Alfa e Ômega, primeira e última letra do alfabeto.

Com as letras as palavras, com as palavras o expressar o criar.

As letras estão para a palavra assim como a criação está para o Criador.

A cada “Faça-se...” uma criação,: a cada letra uma palavra.

PAI! PAI para mim expressa:

O PAI Poeta, PAI Artista, PAI Sonhador...

PAI o Filósofo, PAI o Psicólogo, Pai o Mestre...

PAI o Engenheiro, PAI o Agricultor, PAI o Médico...

PAI CRIADOR...Meu criador...

Sou totalmente rendida à este PAI!

Diante da grandeza que a Ele pertence!

Diante de minhas inúmeras limitações!

Diante da provisão da vida!

Diante das minhas negações ao Amor!

Diante do seu Perdão!

Diante de sua insistência com o nosso amalgamar!

Diante da paz, da alegria, da confiança que nos é oferecida.

Amo e respeito a figura do Pai !

Pai que sabe velar, cuidar e sustentar a vida.

Amo e respeito a figura de meu Pai!

Pai, se não for nada, simplesmente é:

A razão de nossa existência! Só isto basta!

Pai uma parte do PAI!

Do PAI nosso que está nos céus! Wanda 06/08/2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O licor irlandês

Dr. William Moffitt Harris (médico pediatra sanitarista. Professor doutor aposentado da USP. Coordenador nacional do MMCL(movimento médico cafezinho literário).


Eram já oito horas da noite e minha esposa lavava as coisas do jantar na cozinha. Ainda morávamos em Osvaldo Cruz na Alta Paulista. Resolvi telefonar para o colega e nosso amigo José Afonso Tavares e convidá-lo para bater uma prosa em casa. Também já tinha jantado.
Assim que chegou falei:
- Tavares, hoje é o dia nacional da Irlanda e meus irmãos e eu, como bons descendentes daquele estóico e bravo povo, costumamos festejar tomando um golinho, e apenas um golinho, de um licor de lá veio especialmente para a gente. Tanto é, que dividimos a garrafa em quatro e cada um ficou com um pouco. Nem rótulo minha garrafa tem.
Fui buscar minha garrafa na despensa e me desculpei enquanto tirava o pó, porque só a pegávamos naquela data, uma vez por ano.
Tavares me acompanhava com o olhar. Era de falar pouco, quando atento.
Derramei um pouquinho em dois pequenos cálices para licor, tomando o cuidado de não passar da metade e informei:
- Só tem uma coisa, Tavares: tome bem de vagarzinho porque é forte; na verdade é muito forte. Sabe como é o clima lá naquelas partes, Irlanda, Escócia, Noruega, etc. O povo lá é acostumado com coisas mais fortes do que a gente aqui nos trópicos, mesmo em fins de outono, como é agora.
E, bem lentamente, dava o exemplo. Não tínhamos nenhuma bolacha típica Irlandesa para oferecer, mas a Maria Lúcia tinha torrado um pouco de amendoim. Continuamos a conversa trivialmente e eu observava meu amigo de perto, porque sabia o quanto ele era influenciável por uma boa conversa.
Não deu outra.
- Mas que bebida gostosa, Wuiliam. Realmente é muito, muito forte. Acho que nuca tomei algo tão alcoólico em minha vida. E que sabor! Dá a impressão de ser de alguma dessas frutas exóticas dos Alpes que a gente nem conhece.
- Dos Alpes, não diria, Tavares, mas, provavelmente, dos morros perto de Cork no sul da Irlanda onde vivem alguns de meus antepassados.
Já tínhamos esvaziado nossos cálices, tomando o famigerado licor, de golinho em golinho, de permeio ao amendoim.
- Que coisa forte William. Sabe que estou até me sentindo meio tonto?
- O que é isso, Tavares, imagine só se meio cálice deste vai lhe afetar. Eu servi só um pouquinho, principalmente porque o licor da garrafa precisa durar pelo menos mais dez anos.
- Não, fora de brincadeira, William, meu caro colega, já nem estou enxergando direito. Não vou nem tomar o restante. Acho que você vai ter que me levar para casa, depois desta. Amanhã cedo venho pegar o jipe.
Fiquei, realmente, preocupado. E se o Tavares tivesse um coma hipoglicêmico psico- induzido?
- Eta, doutor Tavares, sabe o que o nobre colega acabou de tomar?
- Ué, você já não me disse que era licor Irlandês?
- É, mas foi somente uma brincadeira. Acabamos de tomar Vinho Reconstituinte Silva Araujo Roussel di Sarsa ! Poderíamos tomar o vidro todo e, certamente, acostumados que somos a uma boa caipirinha que você me ensinou a fazer, nada sentiríamos.
Recuperou-se na hora e desandou a rir. Acendeu seu cigarro de palha e, entre tossidas, pigarreadas e baforadas, deu muitas gargalhadas.
Continuamos bons amigos até seu falecimento aos oitenta e cinco anos de idade em novembro de 2007.


Todo grupo do movimento MLSS (movimento literário saber e sabores) de São Gonçalo agradece ao Dr. William suas visitas constantes, em nossas reuniões.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Parabéns Rafaella


Passaram muitas primaveras
Desde aquele Agosto de espera
Que trouxe bela menina
Um presente que nos fascina

Anjo de boas novas
Estrela que dos céus desceu
Com garra enfrenta as lutas
Até aqui todas venceu.

Missão nobre abraçou
Com orgulho ama o que faz.
Preciso ressaltar este seu jeito singular.
Na família, na escola, sabe todos conquistar

Faceira alegre decidida,
Sabe como ninguém divertir,
Com suas palavras criativas
Em nossas festas nos fazer rir

Rafa,
Precisaria de mil palavras para expressar seu jeito diferente de ser.
Porém, esta é você aqui em meus versos, um tanto quanto pacatos e primários.