sábado, 29 de outubro de 2011

Parabéns Renata


É sempre muito bom falar,
De tal prenda a encantar,
Nosso jardim familiar,
A vida assim perfumar!

Sorriso largo e solto,
Ouvimos ao aproximar,
De alegria tudo impregnar,
Dom precioso a compartilhar.

Às filhas sempre agradar,
Com muitos amigos a brincar,
Em sua casa a participar,
Momentos a eternizar.

Mas o maior dos presentes,
Foi tão cedo descobrir,
Deus Pai Onipotente
Em sua vida interferir.

Filha,
Parabéns paira no ar
Com os poetas a inspirar, 
Lindas trovas poderia falar,
Para seus ouvidos maravilhar.  

Sentimento simples ai vão,
Porém existem de fato
Bem dentro do coração.
De amor se enche este ato!
Sua Mãe. Wanda.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Engenheiros sem DIPLOMA!!!


A resposta para o que acabamos de observar está, com certeza, no Poema abaixo, de autoria de Eurípedes Barsanulfo:

DEUS

O Universo é obra inteligentíssima;
Obra que transcende a mais genial inteligência humana;
E, como todo efeito inteligente tem uma causa inteligente,
É forçoso inferir que a do universo é superior a toda inteligência;
É a inteligência das inteligências;
A causa das causas;
A lei das leis;
O princípio dos princípios;
A razão das razões;
A consciências das consciências;
É Deus!
Deus! Nome mil vezes santo, que Newton jamais pronunciava sem se descobrir!
Deus que vos revelais pela natureza, vossa filha e nossa mãe, reconheço-vos eu, Senhor, na poesia da criação; na criança que sorri; no ancião que tropeça; no mendigo que implora; na mão que assiste; na mãe querida que vela; no pai que instrui; no apóstolo que evangeliza.
Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, no amor da esposa; no afeto do filho; na estima da irmã; na justiça do justo; na misericórdia do indulgente; na fé do homem pio; na esperança dos povos; na caridade dos bons; na inteireza dos íntegros.
Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! no estro do vate; na eloqüência do orador; na inspiração do artista; na santidade do mestre; na sabedoria do filósofo e nos fogos do gênio!
Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! na flor dos vergéis, na relva dos vales; no matiz dos campos; na brisa dos prados; no perfume das campinas; no murmúrio das fontes; no rumorejo das franças; na música dos bosques; na placidez dos lagos; na altivez dos montes; na amplidão dos oceanos e na majestade do firmamento!
Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! nos lindos antélios, no íris multicor; nas auroras polares; no argênteo da Lua; no brilho do Sol; na fulgência das estrelas; no fulgor das constelações!
Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! na formação das nebulosas; na origem dos mundos; na gênese dos sóis; no berço das humanidades; na maravilha, no esplendor e no sublime do Infinito!
Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! com Jesus, quando ora: "Pai nosso que estais nos céus..." ou com os anjos quando cantam:  "Glória a Deus nas alturas e Paz na Terra aos Homens".

O PI e o PHI (Fantástico!)

A respeito desse assunto , há dois livros ótimos : ''Deus é matemático?'' e ''A Razão Áurea'' de Mario Lívio.

Todos nós já ouvimos falar em número Pi. É o irracional mais famoso da história, com o qual se representa a razão constante entre o perímetro de qualquer circunferência e o seu diâmetro Equivale a 3,141592653589793238462643383279502884197169399375... e é conhecido vulgarmente como 3,1416. Não confundir com o número Phi que corresponde a 1,618. O número Phi (letra grega que se pronuncia "fi") apesar de não ser tão conhecido, tem um significado muito mais interessante. Durante anos o homem procurou a beleza perfeita, a proporção ideal. Os gregos criaram então o retângulo de ouro. Era um retângulo, do qual havia-se proporções: o lado maior dividido pelo lado menor e a partir dessa proporção tudo era construído. Assim eles fizeram o Parthenon. A proporção do retângulo que forma a face central e lateral. A profundidade dividida pelo comprimento ou altura, tudo seguia uma proporção ideal de 1,618.
Os Egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides: cada pedra era 1,618 menor do que a pedra de baixo, a de baixo era 1,618 maior que a de cima, que era 1,618 maior que a da 3ª fileira e assim por diante. Durante milênios, a arquitetura clássica grega prevaleceu. O retângulo de ouro era padrão, mas depois de muito tempo – veio a construção gótica com formas arredondadas, que não utilizavam o retângulo de ouro grego.
Mas no ano 1200, Leonardo Fibonacci um matemático que estudava o crescimento das populações de coelhos, criou aquela que é provavelmente a mais famosa sequência matemática, a Série Fibonacci. A partir de 2 coelhos, Fibonacci foi contando como eles aumentavam a partir da reprodução de várias gerações e chegou a uma sequência onde um número é igual à soma dos dois números anteriores: 1
1 2 3 5 8 13 21 34 55 89 ...
1+1=2
2+1=3
3+2=5
5+3=8
8+5=13
13+8=21
21+13...e assim por diante.
Aí entra a 1ª "coincidência": a proporção de crescimento média da série é... 1,618. Os números variam, um pouco acima às vezes, em outras um pouco abaixo, mas a média é 1,618 - exatamente a proporção das pirâmides do Egito e do retângulo de ouro dos gregos. Então, essa descoberta de Fibonacci abriu uma nova ideia de tal proporção, a ponto de os cientistas começaram a estudar a natureza em termos matemáticos e começaram a descobrir coisas fantásticas.
 Por exemplo:
- A proporção de abelhas fêmeas em comparação com abelhas machos numa colmeia é de 1,618;
- A proporção que aumenta o tamanho das espirais de um caracol é de 1,618;
- A proporção em que aumenta o diâmetro das espirais sementes de um girassol é de 1,618;
- A proporção em que se diminuem as folhas de uma árvore a medida que subimos de altura é de 1,618;
E não só na Terra se encontra tal proporção. Nas galáxias, as estrelas se distribuem em torno de um astro principal numa espiral obedecendo à proporção de 1,618.
Por isso, o número Phi ficou conhecido como A DIVINA PROPORÇÃO
Por que os historiadores religiosos descrevem que foi a beleza perfeita que Deus teria escolhido para fazer o mundo? Por volta de 1500, com o retorno do Renascentismo, a cultura clássica voltou à moda. Michelangelo e, principalmente Leonardo da Vinci, grandes amantes da cultura pagã, colocaram esta proporção natural em suas obras. Mas Da Vinci foi ainda mais longe: ele, como cientista, usava cadáveres para medir a proporção do seu corpo e descobriu que nenhuma outra coisa obedece tanto a DIVINA PROPORÇÃO do que o corpo humano...obra prima de Deus.
Por exemplo:
- Meça sua altura e depois divida pela altura do seu umbigo até o chão: o resultado é 1,618.
- Meça seu braço inteiro e depois divida pelo tamanho do seu cotovelo até o dedo: o resultado é 1,618.
- Meça seus dedos, ele inteiro, dividido pela dobra central até a ponta ou da dobra central até a ponta dividido pela segunda dobra: o resultado é 1,618;
- Meça sua perna inteira e divida pelo tamanho do seu joelho até o chão. O resultado é 1,618;
- A altura do seu crânio dividido pelo tamanho da sua mandíbula até o alto da cabeça dá 1,618;
- Da sua cintura até a cabeça e depois só o tórax: o resultado é 1,618;
Considere sempre erros de medida da régua ou fita métrica, que não são instrumentos precisos de medição.
Tudo, cada osso do corpo humano, é regido pela Divina Proporção. Coelhos, abelhas, caramujos, constelações, girassóis, árvores, arte e o homem, coisas teoricamente diferentes, são todas ligadas numa proporção em comum. Até hoje essa é considerada a mais perfeita das proporções. Meça seu cartão de crédito, largura / altura, seu livro, seu jornal, uma foto revelada. Lembre-se de considerar sempre possíveis erros de medida da régua ou fita métrica.
Encontramos ainda o número Phi em famosas sinfonias como a 9ª de Beethoven, e em outras diversas obras.
Então...isso tudo seria uma mera coincidência?

Minhas netas e seguidoras que me desculpem o tamanho do texto, mas este eu precisava postar aqui. É a cara de meu blog, é a minha cara.Wanda.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pedras no caminho

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo.
E você pode evitar que ela vá a falência.
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.
Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos.
Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar eu errei.
É ter ousadia para dizer me perdoe.
É ter sensibilidade para expressar eu preciso de você.
É ter capacidade de dizer eu te amo.
É ter humildade da receptividade.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz . . .
E, quando você errar o caminho, recomece.
Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita.
Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um obstáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo . . .
Fernando Pessoa

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Princípios eternos

                                Todos nós estabelecemos princípios em nossas vidas e vivemos segundo tais princípios. Quando nos deparamos com pessoas desregradas, sem limites dizemos: - Ela não tem princípios! Nossos princípios de vida podem visar, simplesmente, nossa vida terrena ou ter a dimensão espiritual e eterna. Seria um ato bem racional checarmos nossos princípios, para termos a certeza de estarmos trilhando um ou outro caminho.
Deus não é um Deus escondido, ele se revela em sua palavra. Os princípios de Deus estão em sua palavra. São eternos porque são perfeitos. A Bíblia está recheada de princípios de Deus. Se decidirmos nos eternizar, estes princípios precisam fazer parte de nossas vidas. 
O mundo e nossa vida terrena têm princípios baseados na sabedoria humana, são mutáveis por serem muitas vezes imperfeitos e poderão entrar em choque com princípios espirituais e eternos. As pessoas com quem convivemos vão nos ensinando princípios para o nosso viver. Muitos deles não estão estabelecidos em Deus e nos enganam. Profissionais da saúde, meios de comunicação, pessoas influentes, defendem um princípio desvinculado das verdades de Deus e que muitos de nós poderemos ser levados a assumir como verdadeiro: “O que importa é ser feliz.” Neste buscar a felicidade a qualquer preço, saímos atropelando e ferindo a muitos e nada nos deve deter. Só a nossa felicidade é importante. A pessoa tem o direito de ser feliz a qualquer custo? Mesmo que a minha felicidade cause a infelicidade de outras pessoas? O que se estabelece como gerador de felicidade, hoje em dia, parece-me muito pequeno e sem propósito. A mera satisfação da carne e seus desejos de possuir, de poder, têm a magia de nos encantar e parece nos satisfazer. O sentido meramente humano de felicidade é muito pequeno, apesar disso, não é alcançado, completamente, nunca. É preciso experimentar a felicidade que vem do alto. Esta felicidade sim, é grandiosa não depende das coisas terrenas e nos absorve totalmente. É encontrada quando nos amalgamamos ao Senhor.
Um princípio eterno que rege os que caminham para a eternidade é: “Deus é amor.” Como para Deus não há passado presente e futuro, Deus é... Não há em sua essência nenhum ponto negro que possa indicar falta de amor. Deus é amor. Este princípio é a essência e envolve tudo mais que se refere ao Senhor. O amor é o princípio e o fim de tudo no universo, por conseguinte, deverá ser na Terra também, como parte deste universo. As obras de desamor e destruição da vida não são obras do Criador. A vida é uma obra de amor! Portanto:“Deus é vida.” Jo 14,6. O mundo deseja desestabilizar este princípio, e somos enganados.
Há um princípio de vida humana, muito repetido hoje em dia, que vale a pena ser lembrado aqui: “Religião não se discute cada um tem a sua.” Realmente discutir no sentido restrito da palavra não leva a nada. Mas o que seria do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo se não nos empenharmos, para que ele seja conhecido? Se não usarmos os meios que temos, para que todos possam participar desta riqueza? Se as verdades Bíblicas não viessem á tona e estivéssemos todos mergulhados em enganos que o mundo nos oferece? A palavra de Deus que age amalgamando o homem ao Criador tem que ser pregada “oportuna e inoportunamente.” Tornar Deus conhecido através de sua palavra é uma ação dinâmica. Deixar cada um com a sua crença e não levar a verdade a todos é uma ação estática.
Cada um de nós, que deseja tornar o amor de Deus e seu evangelho conhecidos, tem que desconhecer este princípio humano e ter a coragem de mostra as verdades de Deus em sua palavra sem partidarismos ou denominações especiais e sim como agentes de vida eterna, através dos princípios, ordens e mandamentos revelados por Deus em sua palavra. Portanto cada um na sua, não me interfiro, sugere uma ação estática desvinculada do: “Ide evangelizai.”
Só para completar citarei, sem comentários, alguns princípios eternos, que o mundo “tão passageiro por sinal”, tenta encobrir:
Se procederes bem não é certo que serás aceito? Se, todavia procederes mal eis que o pecado jaz( no sentido de levar à morte)à porta; o seu desejo será contra ti, mas cumpre a ti dominá-lo. Gn4,7
O que desvia o ouvido de ouvir a lei até a sua oração é abominável. Pv28,9
Deus é luz e não há nele treva alguma. IJo1,5b
Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente. IJo3,9ª
                                                                Wanda.
O saber ensoberbece, mas o amor edifica. ICor8,1b

domingo, 16 de outubro de 2011

O Sermão da montanha (*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.
Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque eles....Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou:
- É pra copiar?
Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!
Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?
João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?
Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!
Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?
Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?
Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.
Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?
Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!
Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?
Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?
Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.
 - Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.

- E vê lá se não vai reprovar alguém!
E, foi nesse momento que Jesus levantou os olhos para o céu e disse:
"Senhor, Senhor por que me abandonastes?"
--
Neste dia dos Mestres ao Mestre dos Mestres

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Com que se faz o que

Com flores se fazem canteiros,
com sementes, plantações.
Com talento se faz dinheiro,
com pessoas procissões.
Com abelhas de faz o mel,
com pássaros, revoada.
Com estrelas se faz o céu,
com altas horas, madrugada.
Com livros se faz cultura,
com quadros, decorações.
Com tintas se fazem pinturas,
com nanquim ilustrações.
Com estudos se faz uma carreira,
com sentimentos, emoção.
Com crianças se fazem brincadeiras,
com criatividade, uma criação.
                           Clarice Pacheco

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A boneca

                       
                        Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.

Dizia a primeira : "É minha!"
— "É minha!" a outra gritava;

E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.

Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.

Tanto puxavam por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.

E, ao fim de tanta fadiga,
Voltando a bola e a peteca,
Ambas por causa da briga,
Ficaram sem a boneca...

Olavo Bilac soube trovar como poucos, as mais variadas formas de situações infantis, da natureza e das situações da vida em seu tempo. É ele que vai inaugurar algumas poesias neste tempo de inocência e graça, que antecede o dia da criança.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O novo mundo, que nos “atropela”

Ontem, (3/10/11) foi niver de minha neta-afilhada. Depois de passar o dia todo esperando um número de telefone, para me comunicar, resolvi procurar outro modo, para que o dia tão esperado não passasse sem a manifestação da vó, que acumulou os cargos de vó e madrinha. Imediatamente, ao ligar para outra pessoa, fiquei me justificando por não ter me comunicado por outros meios mais rápidos e eficazes, que são os virtuais. Talvez fosse por aí que este cumprimento estivesse sendo esperado, por se tratar de uma jovem de 18 anos. Qual a justificativa convincente, por não ter usado o e-mail ou o face book, já que nos comunicamos outras vezes deste modo? Um dia todo, para se comunicar, neste mundo virtual é inadmissível nos tempos modernos.
Discretamente, sem que percebêssemos, as ligações telefônicas foram ficando mais escassas. Fazendo parte do passado. Eu, particularmente, gostei de, às 10 horas da noite, ouvir a voz de minha neta- afilhada e poder dizer em seus ouvidos o quanto a amo, desejar-lhe felicidades e bênçãos de Deus. Por essas e outras, que avós e mães têm sua preferência pelo telefone e netas e jovens optam pelos meios virtuais. Colocam o telefone numa opção bem inferior aos outros meios de comunicação.
Outro mecanismo bem usado, na modernidade, é o GPS. Este me atingiu de cheio. Fui durante muito tempo o GPS de minha cara-metade que, com sérias dificuldades para se direcionar, (característica da maior parte dos participantes do sexo forte). Seu senso de direção sempre foi zero. Não se acanhava em ficar perguntando de esquina, em esquina, para os pedestres, qual o caminho a seguir. Ato que desmoralizava a sabedoria da esposa - GPS. Mas também, já consegui perder meu carro em um estacionamento de shopping. Esse era o motivo de sempre estar confirmando com alguém.
Sem que percebêssemos, a modernidade foi pondo fim à tudo isso. Ainda aposentou aqueles enormes mapas que ficávamos consultando, horas a fio, sem serem tão precisos. Mas, eram o que tínhamos e nos dariam certa facilidade para chegarmos no lugar desejado. A precisão dos JPSs nos conduz a qualquer lugar do planeta, com indicações perfeitas e ares de filmes de ficção científica.
As pessoas mais vividas encontram mais dificuldades para mudanças e tudo que estamos assistindo é lhe mais difícil de assimilar. Mas é só ter a coragem e insistir porque o mundo virtual vai nos fazer analfabetos se não nos dispusermos a inseri-lo em nosso dia a dia.
Vejo a facilidade com que as pessoas, hoje em dia, se preparam para uma viagem. São as viagens, aéreas ou não, compradas via internet. As reservas em hotéis, que disponibilizam a navegação, via internet no interior dos hotéis, nos passeios que oferecem, e no conhecimento da cidade a ser visitada. Tudo para que os clientes saibam perfeitamente o que estão comprando e para onde vão. Podem ainda serem feitas reservas de passeios, restaurantes, cinemas, teatros, etc... Estaremos assim prevendo passo a passo nossa viagem. É uma caminhada virtual que além de nos trazer segurança, vai nos instigando a ir e conferir tudo de perto. Os gastos poderão ser todos calculados, evitando surpresas desagradáveis. Até bem pouco tempo, tudo isso só era feito, superficialmente, pela narrativa de alguém. Tudo era uma surpresa que, mesmo podendo ser agradável, nos deixava inseguros.
Poderia dizer ainda das compras virtuais... Dos cursos on line... Das enciclopédias aposentadas... E assim por diante.
Nossa posição não nos dá escolhas, ”se ficar o bicho pega, se correr o bicho come.” Ter que aprender tanta coisa nova e inesperada não é muito confortável, para nós que já acumulamos muitos outros conhecimentos. Mas também, ficar à deriva não nos coloca em uma situação  agradável, então é aprender ou aprender.                               
                                                                  Wanda. 04/10/11




sábado, 1 de outubro de 2011

Noite de MLSS

À cada dia, estâo mais interessantes nossas reuniões de MLSS(movimento literário saberes sapucaenses). Ontem foi noite de reunião do grupo. Finalmente, porque já não nos reuníamos há meses. Que noite!
A mesa redonda estava quase que completa. Maria Lúcia (S. Lourenço) professora de portugues e mestra no assunto, não guardou nada para si, ao expor seus ensinamentos sobre versos e trovas. Foi uma aula completa. Quem nunca pensou em fazer versos ou trovas estava ali incentivado a dar seus primeiros passos neste modo tão peculiar de escrever seus sentimentos, pensamentos e modos de ver o mundo.     
A cada leitura, feita pelos participantes, uma surpresa.  As poesias e textos infantis foram surpriendentes. Para quem gosta, um "prato cheio". O livro a ser lançado este ano vai ficar mesmo uma riqueza. Isto sem falar dos salgadinhos que nos esperavam, eram todos novidades da professora Márcia.
Novamente registro, aqui, o poema do Sr. João Araújo (Campanha), escrito para Ana Clara, filha do Dr. Belato e a Prof. Tânia, uma das mais novas participantes do movimento.

Ana Clara

Mais um dia que, em tarde, já se encerra
e tudo está vermlho lá na serra.
É a Essência que acende intenso fogo,
no harmonioso rítmo do seu jogo.
Em deserção ao longo dos caminhos,
as aves já procuram os seus caminhos.
Em arvoredo entoam uma cantiga,
pois a dança das folhas o fustiga.
Doce aragem invade o belo bosque,
como se fosse, ali, o seu quiosque.
Devagar a boiada segue a trilha,
por onde passa a brisa que bisbilha,
no aconchegante anoitecer das horas,
entre lírios jasmins e passifloras,
enfeites espontâneos de um enredo,
que a luz e a sombra guardam em segredo.
A dormência das horas não sucumbe
às vibrações da noite que se incumbe
de esconder as estrelas entre os véus
que abrirão suas frestas, lá nos céus,
para uma nova aurora que se estampa,
no horizonte, a acorolar de rampa em rampa.
E ressuscita o sol de uma esperança
que nasce e cresce e brilha na criança.
É a luuz da pureza; é a luz que aclara,
como os olhos meigos de Ana Clara.