segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Escrever dá trabalho

Estou sendo repetitiva mas, é verdade:"Escrever dá trabalho. E muito..." Muita coisa que gostaria de escrever estou vendo ficar para traz, sem data para ser escrito tipo: Um romance da vida do Barão do Rio Verde, que há muito tempo atrás foi considerado um injustiçado pela história. O pouco que tenho de sua vida em minhas mãos foi o bastante para enxergar que ali daria um belo de um romance. Este então precisaria de muito ânimo. Um dia quem sabe...  Segundo um professor de literatura, nossas idéias devemos preserva-las, como preservamos nossos bens. Não devemos expo-las, pois estão sujeitas a serem roubadas. Tenho muitas, mas não sei se vou, um dia, coloca-las no "papel", como se diz.
Tempos em tempos releio o que escrevi à tempos. Agora, como simples leitora, descobri coisas interessantes tipo: - Será que foi eu mesma que escrevi isto?
- Acho que poderia ter escrito de outra forma!
-A história está tendo duplo sentido? Será que a mensagem foi bem assimilada?
O engraçado é que, hoje, de castigo por causa de uma gripe, me vi com meu livro"Causos e casos do casarão" escrito a seis anos atrás, nas mãos. O livro relata histórias infantis vividas na inocência dos anos dourados e na convivência de muitos primos, juntos dos avós.
Confesso que me surpreendeu muito do que estava escrito ali. Parecia não ser eu a escritora. Tive muita vontade de acrescentar outras coisa, de reescrever outras. Porém, ja estava consumado, agora era partir para outro.
Muitos sentimentos me afloraram na época e descobri que fui enfatisante no fato de vivermos a inocência. E era uma grande verdade, que parece não existir tão forte nos tempos de hoje. Só hoje após 6 anos,na releitura, que percebi o quanto enfatizei e dei importância a este aspécto de nossas vidas. Escolhi uma das histórias ali contidas e postei aqui, para os meus queridos leitores.
                                                                                                 Wanda.






Onde está você minha amiga Tel ?



 
   Ao findar de outubro, quando a primavera já está instalada, as pessoas se preparam para homenagear seus mortos, evocando-lhes a memória, dizendo a todos que a história da humanidade está guardada naquele cenário. Eu me lembro de uma história guardada bem dentro de mim. São momentos de imensa felicidade vividos diante de um cenário tão singular.
Esta lembrança me faz sentir uma  estranha alegria, ao constatar  no ar o perfume de crisântemos. Aflora-me à memória a lembrança daquela pequena criança, em meio a muitas flores,muitas cores e ao inconfundível perfume de crisântemo.
Todo ano, na mesma época, costumava acompanhar meu pai e minha avó a vender flores para que os vivos relembrassem seus entes queridos já falecidos.
-Hei! Van, você quer ir a Cordis... hoje, para vendermos flores à porta do cemitério? Era como se me acionasse uma força eletrizante. Minha avó, sempre pronta a acompanhar meu pai, nesta tarefa, que para mim parece um tanto quanto feminina, era quem acionava esta força e me colocava de prontidão.
    Para muitos, aquele dia seria de tristeza, mas para mim prenunciava um dia de festa, muita festa.
        Um carro equipado para refrigerar, repleto de flores, percorria uma estrada que, aos olhos infantis, era muito longa. Meu pai e minha avó acomodavam-se na cabine da frente. Em meio a todo tipo de flores e  perfumes ali me atirava com a inocência à flor da pele. Agora era só sonhar! Em meio a meus devaneios aparecia a minha amiga Tel.
 Essa tão querida amiga, só era invisível aos olhos dos adultos, porque para mim ela era muito real. Seu cabelo de cachos dourados  seu vestido esvoassante, da cor do céu, me faziam pensar que ela veio voando. Lembrava-me os anjos, punha-me diante de uma formosa bailarina, que como um cupido, carregava às costas a mágica flecha do amor. Para ela eu poderia criar todas as fantásticas histórias que desejasse.  Neste dia minha mente criou todas as fantasias que tinha direito. Foi assim e era sempre assim:
- Minha amiga Tel, você me acompanha a uma grande e bonita festa, que deverá durar o dia todo? (Sem nem mesmo esperar resposta dava inicio a um enorme discurso). Todas as pessoas da cidade deverão participar. Virão vestidas com suas vestes domingueiras, abraçadas aos mais lindos buquês, cultivadas em seus jardins, ou adquiridas em barracas, que especialmente neste dia, contornam todo o cemitério.Vamos nos divertir como nunca. Será um dia inesquecível, pelo sol que brilha, pelo perfume no ar, pelos amigos que vamos encontrar  .
       Já era grande a movimentação que encontramos, ao nos aproximar do local, que iríamos nos estabelecer, naquele dia.
Assim que nos acomodamos, as portas do carro se abriram, as vendas começaram, meu sonho criou asas e lado a lado, eu e minha amiga Tel, passamos a participar da festa que estava iniciando.
       Ao atravessar os portões, as pessoas seriam agraciadas com uma leveza própria das plumas, uma transparência própria das almas.
Ninguém se esquece da rosa vermelha. Desde muito cedo, uma enorme procissão se forma, são muitas, muitas pessoas, ou anjos não sei ao certo, num interminável cortejo, de todas as idades e vindas de todas as partes. Orações recitadas, numa enorme ladainha, expressam o anseio dos corações, que prontamente se concretiza.
O som das harpas se completa com suaves cânticos. As velas acesas, simbolizam o caminho de luz que os moradores deste singular lugar deverão percorrer. Tudo coroado com o perfume inconfundível dos crisântemos. O cenário está formado. Todos querem participar da tão singular festa.
Aquele lugar que geralmente desperta sentimentos de tristeza, em minha mente infantil, agora se transforma em um lindo salão de festas.
E eu sonhava e podia ver... Tudo a meus olhos era muito real. Os parentes que tocassem os túmulos de seus amados, com aquela rosa vermelha, fariam seus ocupantes despertarem a procura da vida perdida.  Ali tudo se realizava em um passe de mágica. Numa sintonia de sentimentos e corações, instantaneamente, os vivos receberiam a leveza das almas, para abrigar sentimentos leves e nobres. Os adormecidos porém receberiam a capacidade de poderem ser vistos e tocados.    
Por um breve tempo, todos que ali estivessem adormecidos voltariam a esta espécie de vida. Enquanto as flores  exalarem seu perfume e a luz do sol brilhasse, esta situação seria mantida, naquele dia.                           
São pais reencontrando filhos, são filhos reencontrando pais, são amigos que se revêem .
Estaria formada a grande festa do amor. Amor é o que movia aqueles ternos momentos.
Tudo era alegria. Cada momento seria vivido com toda intensidade, como se fosse único. Neste dia neste lugar só haveria espaço para o amor.
Certezas são firmadas, o bem revigorado fortalece, o amor gera a confiança que faz desvanecer os sentimentos degradantes que nos escravizam.
São olhares de alegria, atos de liberdade, unidade de pensamento. Todos unidos no mesmo sentimento, no que cada um tem de melhor.
Embebidos no êxtase do amor, que agora toma conta de todo ambiente, as pessoas exalam felicidade, que é encontrada na simplicidade das coisas, desejam a felicidade para todos e descobrem que a separação não existe, enquanto houver um coração capaz de amar.
     Tudo está mais bonito por causa da felicidade, gerada pelo amor. Sim, é esse o alimento que vem do alto, é esse o alimento das almas e  por aquele dia seria o alimento dos homens.
Por um momento, por um momento apenas, o céu parece beijar a terra. Pela leveza dos corpos a delicadeza dos sons são todos convidados a dançar... neste movimento de unidade leveza e perfeição  acontece o êxtase do amor!!! Os sinos tocam!!! A sensação é de perfeita integração! O tempo poderia parar ali!!!   
     Chega o cair da tarde! O sol dá sinal de cansaço. As flores das barracas se esgotaram. As velas se queimaram. O perfume  dos crisântemos se esvaiu. É hora de se recolher. Os que já se foram, para o lugar que costumamos dizer de descanso. Os que estão vivos para a luta, que não nos dá descanço.
     Minha amiga Tel desaparece, para voltar outro dia com novas histórias.
O caminho de volta parece mais longo ainda. Meu pai e minha avó tomam acento na cabine do carro, no vazio das flores em meio a folhas e galhos uma criança cansada porém feliz, adormece.

Ah! Esses crisântemos, se eles soubessem o turbilhão de sentimentos que são capazes de trazer à tona. Um misto de alegria, felicidade e saudade hoje, invadem repentinamente minha mente, sem nem pedir licença. Basta aspirar este mágico perfume de crisântemos, e já invadem a minha memória, a inesquecível festa do amor, que todos os anos a minha imaginação se alegrava em criar.
Hoje meu pai não vende mais flores, minha avó sempre amiga das flores as usa para enfeitar festas de aniversário, ou casamento. A inocente criança cresceu...
- Você minha amiga Tel, você se foi de vez, meus sonhos infantis desmoronaram pouco a pouco, como um castelo na areia.  As coisas acontecem com mais dificuldade. A simplicidade das coisas se perdeu na complexidade da vida. A festa do amor foi um sonho que parece não vai acontecer nunca.
Ah minha amiga! Perdi a inocência das crianças, perdi o sonhar acordada, perdi a facilidade de criar momentos de amor em minha imaginação e agora tudo está complicado e diferente.
Onde você está minha amiga?  Corre, vem ao encontro de sua amiga de infância! Traz seu lindo vestido azul! Enrola  seus cachos dourados! Traz a sua flecha do amor!  Voltemos juntas aqueles momentos inesquecíveis, que se perderam! Seja minha companheira de sempre, meu eterno cupido! Voltemos à simplicidade das  mentes infantis, que por mais que o tempo passe, não pode deixar de existir em nós! Faz-me  ver a beleza das flores! Ensina-me a ouvir a música dos anjos!
 Ensina-me a crer e a trazer cravada no peito a certeza do reencontro.   
Vamos, sem demora, acionar aquela criança adormecida em mim , para que haja esperança de acontecer novamente um dia, agora no mundo real, a grande festa do amor.

                                                  Wanda Teresa Lemos Paiva
                                       São Gonçalo do Sapucaí, 20 setembro de 06

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Há uma guerra nos céus



Bens que hão de vir ainda nesta vida
 Os efeitos do desastre do Éden vão muito além do descrito em Gênesis. Perdemos o privilégio de desfrutar dos bens mais valiosos que nos foram concedidos pelo Criador. Mudou nossa genética. Perdemos a nossa identificação com o celestial e passamos a nos contentar com os encantos unicamente terrenos.Trazemos adesivado em nossa formação o veneno da desobediência. Digo isto pela imperfeição que nos acompanha, por sinais que nos fazem pensar que a obra de Deus não poderia ser feita marcada pelos males que nos marcam. Sentimos isto, quando temos a consciência da perfeição do Ser Divino que nos criou (só a observação da criação pode nos trazer este sentimento). Com tudo isto, não ficamos abandonados aos efeitos deste desastre. Não fomos esquecidos. Pelo contrário, somos acompanhados de perto. Passado o “Tsunami” foi-nos oferecido um caminho de volta, de reconstrução, que dizemos Caminho de Salvação. É um caminho essencialmente de fé. À medida que vamos tendo uma fé verdadeira, vamos nos firmando nos caminhos que o Senhor tem planejado para nossa salvação. É a nossa reconstrução e a volta ao Éden perdido. Para que os planos de Deus se estabeleçam na Terra há uma guerra entre o bem e o mal, instalada nos Céus. O desorganizador da criação perfeita, que a Bíblia chama de serpente, lutando para desorganizar cada dia mais a criação, contra o Criador que deseja ver sua obra restaurada.
Ao entendermos, crermos e nos rendermos aos planos de Deus, para nossa vida, passamos a participar ativamente nesta guerra que tem como vencedor o nosso Deus. Assim começamos a usufruir de seus bens, das vantagens que ele nos oferece ainda aqui na Terra.  São inúmeros os bens que serão agregados ao nosso viver, com a nossa decisão de acreditar, buscar e de lutar ao lado do Senhor. O maior bem que nos é concedido, para que possamos estar abertos a todos os outros é a consciência de nossos pecados e o perdão, sem reservas, que nos oferece o Criador. O cheque mate para vencer o engano sofrido no jardim do Éden é a nossa fé e o perdão de nossos pecados. Não é um perdão mais ou menos. É o perdão que faz esquecer para sempre nossas faltas. O plano de Deus é arrancar para sempre, como se arranca uma erva daninha todos os nossos erros. Este processo de perdão de nossos pecados,se estabeleceu completamente com o sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário. Com este ato, Jesus levou sobre si todas as nossas iniqüidades. A dimensão real deste sacrifício só teremos ao adentrarmos no eterno. Podemos dizer, hoje, que é: Jesus vencendo Adão, o bem vencendo o mal, a santidade vencendo a iniqüidade, Deus vencendo Satanás. Este é o motivo pelo qual um dia os céus inteiros, sem enganos, irão render graças ao Criador. Não mais a guerra nos céus, mas sim haverá grande festa nos céus!!!
Espero que você tome a decisão de não ficar fora desta guerra e, por conseguinte participar desta grande Festa eterna nos céus. Espero que você se decida a aceitar os planos de Deus para a sua salvação. Espero que deseje receber os bens que temos preparados para nós, ainda aqui nesta vida. É preciso coragem, mas, a cada dia, nos braços de nosso Salvador, tudo vai ficando mais claro e nos dando mais segurança. Os laços do inimigo vão se rompendo de nossa vida e as bênçãos vão sendo concedidas.
Bênçãos sobre bênçãos: Paz verdadeira! Alegria interior que nos restaura! Sabedoria simples que o mundo desconhece! Satisfação de estar em harmonia com todas as coisas criadas! Força e vigor para enfrentar as lutas que surgirem! Nossas buscas saciadas! Certeza de não estar só! Amor, cada dia maior, pelo presente da Vida!
Certeza de um porvir cheio de surpresas, de reencontros, de felicidade que não se esgota, de lágrimas enxutas, de cura para nossos males, confiança em cada um dos eleitos. A segurança do nome escrito no livro da Vida... Eterna.

                                                      Wanda Outubro. 2012  
                           

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Encontrando...

Encontrando Deus em cada livro da Bíblia


Livro de Esdras- Ed
Deus que esquece os pecados
Deus que quer seu povo reunido em seu redor

Neemias – Ne
Deus que não se esquece de suas alianças.
Exerce a misericórdia  para com os seus.
Deus que concede o Espírito que é santo.

Livro de Ester - Es
Deus que move reinos para a salvação dos seus.

Livro de Jó –Jo
A grande manifestação de Deus está na força e poder da criação

Livro dos salmos – Sl
Orações, as mais variadas, que nos mostra um Deus que nos ouve.
Revela-nos a necessidade que temos do agradecimento e do louvor que devemos ao que chamamos de Senhor.

Livro dos provérbios – Pv
Deus sabedoria suprema.
Conhecedor da vida dos homens em seus pormenores.
Para todas as situações há uma orientação sábia.

Livro do Eclesiastes – Ec O pregador
Só Deus pode dar um sentido novo para nossas vidas.
O Deus da eternidade será o juiz que trará tudo à juizo.


Livro dos Cânticos – Ct
Deus que tem um povo ( sua igreja) q
Que considera o seu amor pela  igreja ,como o amor do noivo pela sua noiva.