quinta-feira, 12 de agosto de 2010

21ª Bienal do livro em São Paulo

A cidade de S.Paulo vive estes dias a regalia de oferecer ao povo paulista e visitantes a 21ª Bienal do Livro. Impressiona-nos tal evento, pois, num país de grandes desigualdades, esta feira é a terceira da espécie no âmbito mundial. Belo Horizonte realizou sua segunda feira do gênero, a 2ª Bienal do Livro de Belo Horizonte, no mês de maio deste ano. Já foi um sucesso, apesar do pouco tempo de vida. Estas feiras, mais do que vendas e lançamentos de livros, são um grande incentivo à leitura. A juventude que está tendo a oportunidade de conviver com tais movimentos, absorvendo suas mensagens, deverá chegar, em breve, à idade adulta, com uma nova visão de mundo.

As boas leituras nos abrem o entendimento, para sermos um cidadão melhor, mais engajado, leva-nos a influenciar positivamente o ambiente em que vivemos, dá-nos a esperança de criarmos um novo país, com um povo de princípios éticos, equilibrado, próspero e por tudo isto: mais e mais feliz. (“Conheça a verdade e a verdade vos libertará.” Jesus Cristo). Há leituras que nos levam de encontro com nosso interior, nos acalma e traz à tona os verdadeiros valores da vida. Há leituras que nos fazem sonhar com um mundo melhor. É a leitura que faz passar a história, as descobertas, a ciência; de um século para outro, como um elo entre os seres humanos, atravessando o tempo...

Conversando com uma pessoa poderemos saber se ela já descobriu a importância da leitura. As pessoas que não lêem, podem falar muito, mas dizer pouca. Já as pessoas que desenvolveram o hábito de ler, terão mais profundidade em seu falar, argumentos ao discutir, clareza em suas idéias e seu palavreado será bem mais variado. Alguns minutos por dia com um livro, bom, nas mãos, e os resultados já se farão sentir em nosso vocabulário, conversa e criatividade.

A exigência governamental de se ter uma biblioteca em cada município do país, deverá trazer brevemente os resultados, individuais e coletivos, que este hábito pode oferecer. Virá o dia, (e que seja breve) que cada município fará sua feira de livros, com escritores regionais e com uma mobilização geral, despertando todos, para o gosto da leitura e beneficiando a formação de novos cidadãos engajados, participativos e livres, em uma comunidade próspera.

Tivemos três momentos chave, no modo de transmitir através da escrita, nossa cultura, nossa história e as diversas conquistas do homem através do tempo, às gerações vindouras. Primeiramente usavam-se os rolos de pergaminho, onde tudo que se julgava importante era gravado. Os pergaminhos eram levados de um lado para outro e lido para o povo. Com a chegada da imprensa, de Gutenberg, novas perspectivas foram criadas. Surgiram aí os livros. Foi a segunda e muito grande revolução da escrita. Os livros, a impressão, o conteúdo, sofreram algumas modificações através dos anos. Com tudo isso parecia, nestes 516 anos não ter substituto. Quando apareceu, recentemente, o computador e o mundo entrou definitivamente na era digital os livros se viram destronados. Estamos vivendo, hoje, o processo de passagem de um modo de comunicar, para outro. Do livro para o computador, uma inovação de enorme abrangência. O denominador comum, porém, entre estas três formas de comunicar é, e continuará sendo, a palavra a palavra escrita, a razão de toda a literatura.

Por tudo isto, e muito mais, vamos incitar nossas crianças a criar o hábito da leitura, vamos dar livros de presente, vamos colocar em prática o que aprendemos.

O momento é propício, portanto mãos à obra!

Wanda 12/08/10

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