· Destruição de nossos antigos casarões, que foram aqui construídos na época da intensa atividade aurífera.
· A falta de museus que abrigassem as relíquias dessa história é outro ponto crucial.
· A história contada e escrita poderia ser muito mais rica se tivéssemos tido a curiosidade de buscar e registrar esta história.
São estes pontos fundamentais para trazer á memória o passado e não deixá-lo em branco, como se não tivesse existido. Casarões, construções ricas em detalhes contam a história, museus nos arremetem ao passado imaginando como tudo aconteceu antes de existirmos... a curiosidade e o registro escrito, confirmam o que nossa vista registrou ao visitarmos e vermos construções e museus.
Não podemos, porém ficar “chorando o leite derramado”. O tempo passou. Devemos nos conscientizar que as coisas não aconteceram como deveriam, mas que sempre há um recomeço. Daqui para frente poderemos fazer as coisas acontecerem.
Fui convidada a participar de uma homenagem que os moradores do bairro do Rosário fizeram às pessoas que, durante os 203 anos de existência da Igreja do Rosário, foram colaboradoras e mantenedoras desta história. Surpreendeu-me a igreja cheia e as pessoas interessadas nos relatos históricos, ali expostos.
As pessoas ali lembradas e homenageadas foram entre antepassados e atuais:
· Américo Bueno da Costa
· Senador Manoel Alves de Lemos
· Capitão de mar e guerra Carlos Alberto da Rocha
· Sr João Flora
· Alfredinho
· Fernando Avelino
· Sr. João Rodrigues (João Flora filho)
· Manoel Gregório de Oliveira
· Sr. Rui Feital de Lemos
· Prof. Elza Rodrigues
· Francisco Rufino
· José Benedito de Paiva
· Mundico
· Arnaldo Rufino
· Prof. Mª Teresa L. Dias de Sousa
· Lourival Presses
· Francisco Ribeiro Pereira
· Prof. Kelle Cristiane Balestra
· Dr. Renilda Ferreira dos Santos
· Dr. Osvaldo Henrique Vilela Santos
· Prof. Mª Aparecida Rodrigues
· Dimas Belarmino
Outros colaboradores atuais formam uma respeitável diretoria, além de colaboradores anônimos.
É com a formação de núcleos assim, em diversos bairros da cidade, que poderemos resgatar a história. Não só isso, mas também escrever nossa história atual. Escrever uma história dando dignidade ao ser humano. Ressalto nossas inúmeras necessidades como ser humano vivenciadas hoje:
Ø Formação núcleos que trabalhem para proteger e formar nossos jovens, que hoje estão expostos às inúmeras opções desastrosas que o mundo oferece. Complementando o que as escolas já fazem.
Ø Criação opções de trabalho digno, nos diversos cantos da cidade. Trabalho que exige criatividade e dedicação, mas funciona.
Ø Criação de oportunidades de realização e satisfação no lugar onde vivem, não só no trabalho, mas no esporte, no lazer e na cultura o que nos faz criar raízes.
Ø Promoção da melhor aparência dos bairros com mutirões de limpeza e criando espaços agradáveis de convivência. Trazendo orgulho para seus moradores.
Tudo começa com o primeiro passo. É só ver alguém dando um passo que minha veia idealista e sonhadora se enche de esperança. É assim que acontecemos hoje. É assim que fazemos história. Para termos nosso nome escrito no livro dos que passaram servindo a comunidade vai precisar de um pouco de dedicação desinteressada de nossa parte. É trabalhoso? É!!! Principalmente quando se tem uma atuação tão fraca da comunidade, como nos dias de hoje. O começo de todas as coisas é sempre mais difícil. Se não quisermos ver a violência dos grandes centros invadindo ainda mais nossos espaços, levando nossos jovens, urge que comecemos a trabalhar neste sentido.
Participar ou não da história, ambos tem seu preço. O preço de não participar, não fazer hitória, estamos colhendo hoje. e sabemos que é frustrante. O preço de fazer história, com suas exigências, sempre será compensador.
Participar ou não da história, ambos tem seu preço. O preço de não participar, não fazer hitória, estamos colhendo hoje. e sabemos que é frustrante. O preço de fazer história, com suas exigências, sempre será compensador.
Gostaria de registrar aqui além dos nomes citados, a atuação quase que isolada, de nossa querida conterrânea “Vanuza Eugênio” que contribuiu para a criação da biblioteca do Novo Horizonte. A comunidade pode se orgulhar do espaço que serve de crescimento da cultura, não só para seu bairro, mas para toda a cidade. Seu dinamismo precisa contagiar algumas pessoas e assim a história da cidade se escreverá de outra forma. Vale a pena não passar em branco, como se não tivéssemos existido.
“Aconteça hoje para que tenhamos história amanhã.”
Wanda. Agosto de 2011.
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