quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A palavra escrita como patrimônio da humanidade

Recebemos bens materiais,  por herança, que acumulando vão formar um patrimônio. Os bens adquiridos mais os herdados, passam a fazer parte do patrimônio da família. Poderemos dizer patrimônio certos bens que recebemos por herança, mas que não constituem necessariamente bens materiais. São eles: nossa genética, nossas convicções, nosso carater, nossa língua, e outros que constituem um patrimônio próprio, herdado de nossos antepassados.

À partir do momento que a nossa linguagem passou a ser escrita fomos formando um dos maiores e mais valiosos patrimônios para a humanidade.

O registro mais antigo da comunicação escrita que o ser humano tem conhecimento veio através das escritas nas pedras, nas cavernas, nas tumbas. Pesquisadores, com estudo e paciência, decifraram enigmas deixados nas tumbas egípcias que desvendam para nós, hoje, boa parte do que viveu a sociedade humana em um passado remoto. O conjunto da linguagem escrita vem enriquecendo com o passar do tempo. É um patrimônio democrático que teve uma grande explosão quando saiu dos pergaminhos, com a chegada da imprensa. É sabido que os antigos se comunicavam pelo relato oral passando assim a história de geração em geração. Com o surgimento da escrita a comunicação passa a ser mais precisa e garantida. Aos poucos lentamente a comunicação, deste modo, passa a fazer parte da humanidade. Foi assim que o saber tomou novos rumos e proporções.

Hoje com a escrita e ascensão no patamar da virtualidade, toda a humanidade, como nunca, tem a seu alcance um de seus maiores patrimônios.

Com o descobrimento do Brasil aos poucos fomos nos apossando do patimônio português. Foi implantada aqui a fé cristã, a linguagem portuguesa, a genética, os costumes, a alimentação e hábitos antes inexistentes no meio da população indígena. Em contra partida nosso pais ofereceria uma riqueza material enorme em forma de ouro cana de açucar e pau brasil. Portugal no início não tinha noção do patrimônio que lhe estava reservado e que muito o enriqueceria. Quando veio o domínio da Europa por parte de Napoleão Bonaparte aconteceu o inesperado fortalecimento da união entre Brasil e Portugal, o que trouxe para o nosso país um desenvolvimento imediato. Ao fugir do domínio de Napoleão D. João desembarca na cidade do Rio de Janeiro, pelos anos de 1808. Não desembarcou só. Trouxe consigo tudo que lhe era  valioso no reino. Desembarcaram então em nosso solo pela primeira vez livros. Sim! Grande parte dos livros da Biblioteca Real Potuguesa! 

Era a comunicação escrita chegando em nosso país. Eram livros de matemática, astronomia, astrologia, entre outros. Foi a grande oportunidade de enriquecer o patrimônio cultural brasileiro.

A Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, criada na época, constitui até os dias de hoje, um dos maiores patrimônios literários nacionais. Ainda podem ser encontrados, por lá, alguns exemplares vindos na época de D. João VI, que pertenceram a Biblioteca Real.

Wanda

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