sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Velhas Árvores



 Quem não tem uma árvore que compôs o cenário de sua história? Que distribiu folhas, verdes, sombra e proteção a seus dias? Quem não traz na memória as horas passadas sob a providente proteção de uma árvore amiga?
Esta árvore apareceu no meio de meu caminhar na vida, guardou ali tantas histórias,  que parece fazer parte da família. Hoje, é mais que uma amiga. Está cravada na história de muitas e muitas crianças, que lá viveram momentos memoráveis.
         Velhas Árvores
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Este poema tão cheio de sencibilidade, aparece aqui também porque, na história de nossa literatura, não vamos encontrar nada mais propício, sobre este assunto, apesar de ser um poema centenário.

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