sexta-feira, 24 de dezembro de 2010


Precisamos de esperança. Não uma esperança sintética e sem brilho, como que produzida em escala industrial. Ou a que dá nome à padaria e marca ao querosene. A esperança de que necessitamos é a que trazemos no coração, tão confiável quanto possível, capaz de nos fortalecer e consolar. Uma esperança que se transforme em desejo realizado e embrulhado para presente.


Esperança boa dá vida curta aos desencantos, que ficam pequenos como os da infância. É essa esperança companheira - com fôlego e desempenho de atleta olímpico - que nos parece necessário perseguir, para vê-la realidade nos resultados da urna eleitoral, na profissão e na saúde. No êxito de uma inesquecível celebração.

Precisamos de inarredável esperança para que possamos crer, agradecer e perdoar. Sábia e cúmplice esperança que dê passagem à prudência, quando se multiplicarem os acenos da fantasia extravagante. Esperança que não mate o necessário sonho, não eternize a lágrima e nem acinzente a vida.

Vigorosa e renascente esperança - eis do que precisamos para reconhecer e tolerar, no outro, nossa natureza amarga e individualista. Para dispor da palavra que conforta, estender a mão que ampara e o sorriso que acolhe - pequenos-grandes gestos de que somos até capazes, na pequena misericórdia e humana miséria que nos iguala.

Precisamos esperar ainda que contra toda a esperança, no dizer do apóstolo. Esperar desesperadamente. Até que nos encontremos no desejado novo amanhã. Um amanhã mais leve de mentiras, desigualdades, carências, maldade, ingratidão.

Este, o espírito com que o autor agradece os votos recebidos, desejando ainda, a cada um de seus leitores, a verdadeira esperança neste Natal e em cada dia do Novo Ano.

Seja esta esperança, hoje, a certeza de melhor futuro.

Postado por Eduardo Lara Resende às 08:04 22 comentários:

Esta mensagem, de Eduardo Lara Rezende, diz tudo que eu gostaria de dizer a respeito de esperança e está postado em seu blog: http://pretextos-elr.blogspot.com/ . Vai ficar guardado aqui também e eu quero reler sempre.

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