A
teoria do acaso
Fico pensando em nossa pequenez e na
enormidade do universo que nos rodeia. Fico pensando nas muitas invenções que o homem
faz, para não dar a quem de direito seu reconhecimento. Hoje, uma conversa com
alguém me levou ao seguinte raciocínio:
“Foi por acaso que o nosso minúsculo
planeta saiu do caos em que se encontrava e passou a ser um espaço equilibrado,
com leis sábias e perfeito, com princípios vigentes estabelecidos desde sempre?
Tudo isto com um senão: se estas leis e princípios não forem observados o desequilíbrio
se instala, tudo volta ao caos."
Segundo o raciocínio “casual” a
matéria simples (estou dizendo da substância da matéria que constitui o último
termo de análise química) se movimenta “por acaso” e vai dar origem à Vida? Os
que, às cegas, sem querer ver o visível rastro de criação planejada e com
propósito, defendem o acaso, defendem estas e outras teorias.
É verdadeiro que tudo começou do
princípio, do simples. São combinações simples da matéria, mas já possuem leis
e ordens perfeitas. Elas irão reger a vida surgida “do acaso”. Pouco a pouco
esta combinação casual que surgiu de como quem não quer nada, vai se tornando
cada dia mais complexa. Com o tempo, todo o planeta passa e ser habitado por
seres com uma estética, um designe e uma formação única. As leis da física governam
a matéria desde seus primórdios. Tudo esta esquadrinhado dentro da geometria,
trigonometria, cálculos precisos, além da forma artística que envolve tudo em
sua minuciosidade. O mundo se torna matemático em tudo que nos é permitido
observar ou não. Nada se move sem estar detalhadamente cronometrado na
matemática celeste. Tudo fixado em um ambiente propício “por acaso” para que a
Vida seja sustentada. Desde uma maçã que cai “ao acaso”, até a disposição
cronometrada que existe em todo corpo humano, ou..., tudo segue leis
próprias, imutáveis, perfeitas, impactantes.
Divago em meus pensamentos, começo a
me encantar e ficar assustada com tanta exatidão e perfeição deste “acaso”.
Onde se esconde o “acaso”? Preciso encontrá-lo, para dizer de minha admiração,
de meu respeito, de meus sentimentos, por tanta coincidência, tanta casualidade
e tanta criação vinda deste movimento casual. Imagino este “acaso” com o
superlativo de todas as qualidades: a inteligência das inteligências, a bondade
das bondades, a beleza das belezas, a sabedoria das sabedorias, a energia das
energias a Vida da Vida,. O “acaso” une a matéria simples mas não participa da matéria, do peso,
do volume, do sabor, da cor, da temperatura, que são coisas finitas.
Deste “acaso”, para coroar todas as
coincidências, das mãos artífices, do cérebro de engenhos, do juiz das leis: diante
da perfeição das perfeições e diante de todas as coincidências casuais, surge a
criação máxima, a obra prima do “acaso”: o ser humano. E foi encerrada a
casualidade. Por onde anda este exímio escultor casual? Este cérebro onde reina
todas as ideias e engenhos? Este maestro que rege com leis perfeitas toda a
casualidade? Pelas obras chegamos ao autor. O “acaso”, porém é a essência total
de tudo. Sim, pura energia este “acaso” Pela observação das “casualidades” podemos
constatar que o “acaso” é pura energia.! Parte ínfima desta energia somos todos
nós!
Para onde se retraiu tal energia? Se ela se
retrair tudo se desfaz. Energia é toda a criação!
É tudo!
Sugiro em minha simples (agora estou dizendo
simples de descomplicada) reflexão sobre este fantástico “acaso”, que lhe seja
dado um nome próprio. Poderemos pensar em: Deus, El Shadai, Jeová. Para mim,
este “acaso” foi, é e será sempre o Criador. Palavra “que envolve tudo em sua
totalidade: amor, beleza, bondade, verdade, força, sabedoria e Vida.”
“Fizeste-nos para ti e o nosso coração está inquieto enquanto não descansar em ti!”
Santo Agostinho, de Tagarte.
Wanda. 04/09/1013
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